#Dafine#
- Vovô que delícia essa sopa. Estava com saudade desse gostinho de canja.
- É um prazer minha querida você sabia que essa é minha única especialidade. Para o restante sou um desastre.
- Posso comer canja todos os dias.
- Prefiro provar seus dotes culinários. Ou sua mãe não ensinou?
- Ensinou, mais não sou boa como ela. Mesmo com essa vida louca de álcool, sempre deixava comida pronta para mim.
- Não fique assim. Ela vai sair dessa. Uma coisa eu tenho certeza a sua mãe é tão teimosa que não nos deixará.
Abracei meu avô enxugando as lágrimas.
Ouço a campainha tocar e vou até a porta para atender.
- Oi. Falo abraçando a Alice.
- Oi amiga.
- Desculpe por não ter vindo antes. Minha irmã adoeceu tive que cuidar dela.
- Tudo bem. Você avisou o diretor que não vou essa semana?
- Sim. Você lembrou que na outra acaba o ano letivo né?
- Nem lembrava.
- Você vai ao baile de verão?
- Não sei se tenho cabeça para isso.
- Ei, não vai me apresentar sua amiga? Vovô pergunta.
- Alice, esse é meu avô.
- É um prazer. Alice diz. O vovô retribuiu o sorriso e estende a mão para ela.
Alice entra, ficamos conversando por um tempo, ela diz que todos na igreja estão orando. Fico feliz com a solidariedade. Depois de mais de uma hora. Alice se despede.
- Ouvi sua amiga falar de um baile. Porque não vai?
- Não estou em clima de baile.
- Minha neta você está no alge da juventude precisa aproveitar.
- Vovô não acho certo ficar curtindo enquanto a mamãe está no hospital.
- Você não Sabe se até a outra semana ela ainda estará no hospital e se ainda estiver, não poderá fazer nada para mudar.
- Ainda assim não acho certo.
- Tudo bem, a decisão é sua. Mais se fosse eu, não perderia.
- Vovô vou subir para tomar um banho. Vai ficar bem?
- Sim. Vou ficar no sofá lendo um pouco, depois subo para me deitar. A viajem foi longa estou exausto.
- Então boa noite.
Subo tomo um banho e deito na cama.
Fico pensando no baile. Será que não seria muita indelicadeza ir, enquanto minha mãe está em coma? Sou interrompida dos pensamentos com o celular tocando.- Alô.
- Cadê o amorzinho?
- Não é porque te chamei de amorzinho uma vez que vou chamar de novo.
- Dueu, general.
- Que fofo...falo com ironia.
- Ou você prefere, docinho?
- Nenhum dos dois.
- Bom. Agora falando sério, hoje a noite não poderei te ver. Minha tia está precisando que eu fique com o Guga, para ela sair com as amigas. Parece que é aniversário de uma delas.
- Tudo bem. Já estava indo dormir mesmo.
- As oito da noite? Estou te estranhando.
- O vovô dorme cedo e eu não tenho o que fazer.
- Fica no telefone comigo.
- Tá. Vamos falar o que?
- Não sei? Fala aí.
- Fala aí você?
- Fala qualquer coisa...to ficando sem graça.
- Você quer ouvir umas frases safadas?
- Claro que não.
- To brincando general.
- Para de me chamar de genetal. Digo irritada.
Ruan da uma gargalhada.
- Adoro você brabinha. Aposto que tá fazendo biquinho.
- Não. Não tô.
- Agora falando sério. O pedro passou aqui hoje no fim da tarde. Ela disse que terá o baile de verão no colégio você vai querer ir? Ele pergunta.
- Não sei ainda. Acho que não estou em clima de festa.
- Imaginei. Então posso pensar em um encontro para nós?
- Pode. Como será isso?
- Será surpresa. Então no próximo sábado pego você as oito da noite.
- Estou anciosa.
- Hum. Anciosa para ficar pertinho de mim. Num encontro romântico.
- Fico sem palavras, e começa a sorrir.
- Dafine você está aí. Ele diz com a voz sapeca.
- Estou. Digo com a voz baixa.
- Ei, uma cantora perdendo a voz?
- Pare Ruan, não sou cantora. Você que arrasa.
- Você arrasa com meu coração.
- Você bebeu o que?
- Nada general. Só estou bêbado de paixão.
- Você não existe. Além de ficar me cantando no telefone está fazendo o quê?
- Nada, só cantando uma garota.
Ouço uns barulhos e Ruan grita com Guga.
- Não grita com o garoto. Digo
- Está mexendo nas minhas coisas.
- Ele só tem cinco anos é uma criança.
- Pois é, mais crianças quebram coisas. Minha guitarra quase caiu no chão.
- Queria ter visto essa cena.
- Há você teria visto um surto de raiva. Não gosto que mexem nas minhas coisas.
- E se fosse eu?
- Teria deixado. Já pensou contrariar a general!
- Seu engraçadinho.
O tempo passa e quando vejo já é tarde. Digo: - Está tarde você não precisa colocar uma criaça para dormir?
- Já dormiu. Acabou dormindo na minha cama.
- Ótima babá você é. Digo sorrindo.
- Fiz meu melhor.
- Agora preciso dormir boa noite.
- Não, fica mais um pouco.
- Ruan, ficamos conversando por mais de duas horas.
- Nem percebi.
- Pois é ficamos muito tempo conversando.
- Ainda bem. Imagina se fosse fazendo outra coisa.
- Deixa de gracinha.
- Tá. Desliga primeiro.
- Não desliga você.
- Para, desliga você.
- Não você.
Caímos na risada com essas falas clichês e desligamos juntos.
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Uma Vida Com Propósito.
RomanceDafine é uma garota de 17 anos e está inteiramente envolvida com a igreja. Sua mãe é alcoólatra e seu pai foi embora quando tinha 8 anos. Sua luta é recuperar a mãe da vida louca e viver uma vida com propósito. Sua vida será totalmente tocada quando...