Capítulo 11

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#Dafine#

- Vovô que delícia essa sopa. Estava com saudade desse gostinho de canja.

- É um prazer minha querida você sabia que essa é minha única especialidade. Para o restante sou um desastre.

- Posso comer canja todos os dias.

- Prefiro provar seus dotes culinários. Ou sua mãe não ensinou?

- Ensinou, mais não sou boa como ela. Mesmo com essa vida louca de álcool, sempre deixava comida pronta para mim.

- Não fique assim. Ela vai sair dessa. Uma coisa eu tenho certeza a sua mãe  é tão teimosa que não nos deixará.

Abracei meu avô enxugando as lágrimas.

Ouço a campainha tocar e vou até a porta para atender.

- Oi. Falo abraçando a Alice.

- Oi amiga.

- Desculpe por não ter vindo antes. Minha irmã adoeceu tive que cuidar dela.

- Tudo bem. Você avisou o diretor que não vou essa semana?

- Sim. Você lembrou que na outra acaba o ano letivo né?

- Nem lembrava.

- Você vai ao baile de verão?

- Não sei se tenho cabeça para isso.

- Ei, não vai me apresentar sua amiga? Vovô pergunta.

- Alice, esse é meu avô.

- É um prazer. Alice diz. O vovô retribuiu o sorriso e estende a mão para ela.

Alice entra, ficamos conversando por um tempo, ela diz que todos na igreja estão orando. Fico feliz com a solidariedade. Depois de mais de uma hora. Alice se despede.

- Ouvi sua amiga falar de um baile. Porque não vai?

- Não estou em clima de baile.

- Minha neta você está no alge da juventude precisa aproveitar.

- Vovô não acho certo ficar curtindo enquanto a mamãe está no hospital.

- Você não Sabe se até a outra semana ela ainda estará no hospital e se ainda estiver, não poderá fazer nada para mudar.

- Ainda assim não acho certo.

- Tudo bem, a decisão é sua. Mais se fosse eu, não perderia.

- Vovô vou subir para tomar um banho. Vai ficar bem?

- Sim. Vou ficar no sofá lendo um pouco, depois subo para me deitar. A viajem foi longa estou exausto.

- Então boa noite.

Subo tomo um banho e deito na cama.
Fico pensando no baile. Será que não seria muita indelicadeza ir, enquanto minha mãe está em coma? Sou interrompida dos pensamentos com o celular tocando.

- Alô.

- Cadê o amorzinho?

- Não é porque te chamei de amorzinho uma vez que vou chamar de novo.

- Dueu, general.

- Que fofo...falo com ironia.

- Ou você prefere, docinho?

- Nenhum dos dois.

- Bom. Agora falando sério, hoje a noite não poderei te ver. Minha tia está precisando que eu fique com o Guga, para ela sair com as amigas. Parece que é aniversário de uma delas.

- Tudo bem. Já estava indo dormir mesmo.

- As oito da noite? Estou te estranhando.

- O vovô dorme cedo e eu não tenho o que fazer.

- Fica no telefone comigo.

- Tá. Vamos falar o que?

- Não sei? Fala aí.

- Fala aí você?

- Fala qualquer coisa...to ficando sem graça.

- Você quer ouvir umas frases safadas?

- Claro que não.

- To brincando general.

- Para de me chamar de genetal. Digo irritada.

Ruan da uma gargalhada.

- Adoro você brabinha. Aposto que tá fazendo biquinho.

- Não. Não tô.

- Agora falando sério. O pedro passou aqui hoje no fim da tarde. Ela disse que terá o baile de verão no colégio você vai querer ir? Ele pergunta.

- Não sei ainda. Acho que não estou em clima de festa.

- Imaginei. Então posso pensar em um encontro para nós?

- Pode. Como será isso?

- Será surpresa. Então no próximo sábado pego você as oito da noite.

- Estou anciosa.

- Hum. Anciosa para ficar pertinho de mim. Num encontro romântico.

- Fico sem palavras, e começa a sorrir.

- Dafine você está aí. Ele diz com a voz sapeca.

- Estou. Digo com a voz baixa.

- Ei, uma cantora perdendo a voz?

- Pare Ruan, não sou cantora. Você que arrasa.

- Você arrasa com meu coração.

- Você bebeu o que?

- Nada general. Só estou bêbado de paixão.

- Você não existe. Além de ficar me cantando no telefone está fazendo o quê?

- Nada, só cantando uma garota.

Ouço uns barulhos e Ruan grita com Guga.

- Não grita com o garoto. Digo

- Está mexendo nas minhas coisas.

- Ele só tem cinco anos é uma criança.

- Pois é, mais crianças quebram coisas. Minha guitarra quase caiu no chão.

- Queria ter visto essa cena.

- Há você teria visto um surto de raiva. Não gosto que mexem nas minhas coisas.

- E se fosse eu?

- Teria deixado. Já pensou contrariar a general!

- Seu engraçadinho.

O tempo passa e quando vejo já é tarde. Digo: - Está tarde você não precisa colocar uma criaça para dormir?

- Já dormiu. Acabou dormindo na minha cama.

- Ótima babá você é. Digo sorrindo.

- Fiz meu melhor.

- Agora preciso dormir boa noite.

- Não, fica mais um pouco.

- Ruan, ficamos conversando por mais de duas horas.

- Nem percebi.

- Pois é ficamos muito tempo conversando.

- Ainda bem. Imagina se fosse fazendo outra coisa.

- Deixa de gracinha.

- Tá. Desliga primeiro.

- Não desliga você.

- Para, desliga você.

- Não você.

Caímos na risada com essas falas clichês e desligamos juntos.

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