#Dafine#
Depois de quase uma semana sem topar com Ruan. Hoje será inevitável. Teremos aula de anatomia. Entro no auditório com Arruda e sento-me nas fileiras mais ao fundo, aqui está muito cheio. Tem umas três turmas neste lugar. Me acomodo e fico observando ao redor para ver se o encontro.
O professor inicia a aula. Fico encantada com a anatomia humana. Adoro cada palavra que ele diz. Estou concentrada no meu caderno e ouço o barulho da porta se abrir. Olho em rumo à porta, e vejo Ruan vindo em minha direção. Ele sobe os degraus e senta-se na fileira atrás de mim.
O professor apaga as luzes e coloca um filme para nós. Sinto uma mão tocar em meu ombro, olho para o lado, e Arruda está me abraçando.
- Calma Dafine isso faz parte do plano. Ele diz em meu ouvido.
Fico paralisada ao lado dele, e tento me concentrar no filme. Talvez deixar Ruan com ciúmes seja a melhor maneira de reconquista-lo.
- Talvez. Digo em um sussurro
- O que foi gata. Arruda fala em voz alta.
Tenho serteza que Ruan ouviu. Dou uma cotovelada em Arruda e fuzilo ele com os olhos.
Ruan levata-se e sai bruscamente.
Levanto e Arruda me impede de sair.
- Você está ficando doida?
- Arruda mais ele....
- Ele ficou com ciúmes. E você não vai atrás dele.
- Tá eu não vou. Digo irritada
Quando o filme acaba levanto-me e vou a sua procura. Mais Ruan não está em lugar algum.
- Dafine vamos almoçar vêm. Arruda grita ao longe
- Agora não Arruda. Deixa eu pensar.
Arruda vai em rumo ao restaurante e eu fico a pensar. Será que deixa-lo com ciúmes foi a coisa certa? Estou arrependida, não devia ter feito isso com ele. Preciso me explicar. Pego o celular e ligo para ele.
- Ruan preciso falar com você
- Eu não tenho nada para falar com você.
- Sério Ruan, vamos deixar de ser criança e vamos conversar.
- Tá, daqui uns 15 minutos me encontra na frente do campus.
- Ok.
Desligo o telefone e fico ansiosa esperando por ele. Penso em mil maneiras de explicar que o amo mais não sei o que dizer.
- Oi, ele diz
- Oi. Digo em resposta
Ruan pega em minha mão e me leva para de trás do prédio.
- Aqui podemos conversar sem os outros ficar olhando.
Aceno com a cabeça
- Dafine você tem algo pra me dizer? Melhor, você está namorando aquele garoto?
- Não estou. Ele que é doido
- Doido é? Ele ficou agarrado a você a aula inteira e agora ele é doido.
- Era pra te fazer ciúmes
- Me fazer ciúmes. Eu não me importo.
- Não se importa? Então porque saiu daquele geito?
- Tinha um compromisso.
- Você acha que vou acreditar?
- Acredite no que você quiser.
- Ruan olha pra mim. Eu te amo. Deixa de rancor e me perdoa.
Ele desvia o olhar e diz: - Não consigo. Pego em seu rosto e faço com que ele olhe diretamente em meus olhos.
- Eu sinto muito, muito mesmo. Eu tinha medo, medo de me casar tão nova. Medo do que viria a nossa frente.
- Medo Dafine, pelo amor de Deus. Você me deixou por medo.
- Sim. Me perdoa, eu amo você. Não quero te perder.
Ruan libera uma lágrima em seu rosto e fica calado. Espero até que ele diga algo. Mais ele sai e me deixa em prantos.
Não consigo voltar para as próximas aulas. Pego um ônibus e vou para meu apartamento. Ao chegar me jogo no sofá e deixo todas as lágrimas que estavam guardadas à algumas semanas serem liberadas por meu corpo.
#Ruan#
Depois de ouvir aquelas palavras "me perdoa, amo você, não quero te perder", deixo escorrer uma lágrima e fico calado. Aqueles olhos azuis marejados por lágrimas continuam me olhando, suplicando por uma resposta. Saio em retirada e vou até o bar. Preciso pensar, pensar em tudo o que ela fez.
- Cara me dê uma dose de tequila. Peço ao garsom.
Bebo várias doses e seu rosto vêm em minha mente. Ainda ouço em minha cabeça sua voz dizendo: " Eu te amo, me perdoa". Não sei o que fazer, por um lado meu orgulho diz para não perdoar. Por outro, meu coração quer ela de volta. Por um lado quero curtir a juventude e ficar com várias garotas. Por outro, quero só ela.
Tremendo e chorando com essa indecisão na minha cabeça ligo para ela.
- Dafine, meu amor
- Ruan, você está bêbado?
- Não estou, preciso decidir.
- Onde você está?
- Não importa, agora é tarde.
- Ruan por favor me diga onde está. Vou te buscar.
Ele desliga o telefone. Fico preocupa, ligo para Sofia e conto o que aconteceu, ela manda um endereço de um bar. Pego um taxi e vou até lá.
Chego no local e vejo Ruan debruçado sobre a mesa. Corro até ele e digo:
- Ruan vêm, vou te levar para o campus.- Não, me deixe aqui. Cara quero outra dose. Ele diz
- Não ele não quer. Digo para o rapaz barmem.
Pego Ruan pelo braço e levo-o até o táxi. Peço para o taxista esperar. Volto correndo para pagar sua conta. Fico horrorizada no tanto que ele bebeu. Quando chego no táxi, Ruan está mais pra lá do que pra cá. Fala coisas sem nexo, da gargalhadas e debocha de mim. Peço para o taxista nos levar para meu apartamento. Já que não sei onde fica o alojamento dele. O taxista me ajuda a colocá-lo para dentro. Ruan está quese desmaiado. Penço em ligar para a emergência. Mais decido fazer um café forte pra ele. Vou até a cozinha e faço um café forte. Volto e vejo Ruan estirado em meu sofá. Tento fazer com que ele beba, mais Ruan pega no sono.
Fico andando de um lado para o outro. Pensando "o que você fez Dafine". O garoto era bom, agora virou um bêbado e ainda por cima pegador. Na faculdade ele é conhecido como "o cara das mulheres". Da primeira vez que ouvi, não acreditei. Mais depois de alguns minutos no banheiro feminino, ouvi coisas horrorosas sobre ele.
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Uma Vida Com Propósito.
RomanceDafine é uma garota de 17 anos e está inteiramente envolvida com a igreja. Sua mãe é alcoólatra e seu pai foi embora quando tinha 8 anos. Sua luta é recuperar a mãe da vida louca e viver uma vida com propósito. Sua vida será totalmente tocada quando...