Capítulo 23

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#Dafine#

Abro a porta e abraço o meu avô. Pego suas malas e subo correndo para o quarto de hóspedes que agora será dele. Vovô decidiu morar conosco para nos ajudar. Agora que mamãe esta doente e não pode mais trabalhar.

- Como vocês ficaram em minha ausência? Vovô perguntou.

- Ficamos bem. Digo

- Pai não se preocupe, estou melhorando. Mamãe fala.

- Júlia coloquei a fazenda a venda, seu irmão está vivendo muito bem em Nova York e concordou. Vou te dar a parte da herança e investir a dele.

- Pai a Fazenda é tudo que tem. Não pode fazer isso.

- Já está feito. Você não pode trabalhar e Dafine precisa ir para a faculdade.

- Obrigado papai. Não sei como retribuir.

- Tudo que é meu é seu filha.

- Vovô, ainda poderei visitar a fazenda antes de vende-lá? Pergunto

- Sim minha querida. Terei que ir à fazenda no final do mês para acinar a negociação e você pode ir comigo.

- Mais o senhor já tem comprador?

- Sim. Tem dois brigando pelas terras. Meu advogado está negociando quem pagará mais.

- Posso levar meus amigos?

- Sim minha querida. Agora vou tomar um banho e descansar, a viagem foi longa.

Pego o telefone e ligo para Alice.

- Amiga tenho uma grande ideia para o fim das férias.

- Fala, que idéia?

- Vamos à fazenda do vovô, passar um fim de semana e nos divertir muito. O que me diz?

- Adoro fazenda, lá tem cavalo?

- Sim. E muitos outros animais. Pena que vovô irá vende-la.

- Pena mesmo.

- É mais antes vamos aproveitar. Chama o Pedro, vou convidar Ruan.

- Muito obrigada amiga.

- Beijus tenha um bom dia.

- Beijos. Ela diz e desliga o telefone.

Vou até a casa de Ruan e vejo que a porta está aberta. Parece que não tem ninguém em casa. Subo as escadas até seu quarto, e vejo-o saindo do banheiro só de toalha.

- Desculpe é que a porta estava aberta digo.

Ele se aproxima e diz. Gostei da visita, não esperava.

- Ruam veste uma roupa. Digo envergonhada.

- Então se vire. Fala erguendo a sobrancelha.

Viro-me e espero se vestir. Ao desvirar digo: - E a camisa?

- Está calor. Mais se você se importa visto.

- Sim, por favor.

Ele pega a camisa e dou uma última olhada em sua barriga sarada. Ele se aproxima e diz. - O que faz aqui?

- Queria te convidar para visitar a fazendas do vovô no fim do mês.

- Adoraria. Onde fica?

- No kansas.

- Caramba! Longe em.

- Se não der tudo bem.

- Não. Dá sim tenho dinheiro para a passagem.

- Não será preciso vovô vai pagar.

- Eu faço questão de pagar a minha.

- Ok então. Bom agora tenho que ir.

- Fica um pouco. Quase nunca vêm aqui.

- Tá, digo tirando seu violão e sentando na sua poltrona de couro. Ele pega o violão e começa a cantar. Adoro ouvir sua voz. Fico adimirando-o.

- Dafine você não vai cantar?

- Prefiro ouvir sua voz. Digo olhando em seus olhos.

Ele dá um sorriso perfeito e toca uma música badalada. Balanço com a música animada e começo a rir.
Ao terminar aplaudo e assobio.

- Gostou do Show?

- Adorei.

- Vai, toca mais duas músicas não é um show completo.

Começa a dedilhar uma música romântica e canta olhando para meus olhos. A cada verso, melodia e dedilhada sinto meu coração bater mais forte. Como é bom ouvi-lo cantar só para mim. Somos interrompidos com Mia entrando no quarto.

- O que você quer? Ele pergunta com a aparência séria.

- Quero pegar meu beibidol que deixei aqui na noite passada. Ela diz com um grande sorriso.

- Fico horrorizada.

- Dafine não é o que parece. Ruan se defende.

Vejo ela rodeando a cama e pegando o beibidol que estava no chão. Saio imediatamente, e não olho para trás. Ouço a voz dele gritando meu nome. Ignoro e continuo correndo. Sinto lágrimas escorrendo pelo meu rosto. Entro em casa como num furacão, e vou para o quarto. Não quero que ninguém me veja assim.

Ouço um barulho na porta, e a abro para ele parar de bater.

- Não quero explicações. Digo irritada

- Dafine, eu não fiz nada.

- A tá, primeiro foi aquele papinho "ela me beijou, me agarrou". Agora vejo o beibidol dela no seu quarto. E ainda tem a cara de pau de dizer que não fez nada. Não sou tonta garoto. Sai da minha casa. Não quero te ver nunca mais.

- Dafine eu te amo. Você precisa acreditar em mim.

- Ruan, vai para sua casa. Depois você conversa com ela. Agora não é uma boa hora. Vovô diz entrando no quarto.

- Desculpe senhor.

Ruan sai do quarto e volta para casa.

- Desculpe pela gritaria vovô.

- Vem aqui minha menina. Se ele fez o que ouvi, não merece seu amor.

Caio em prantos nos braços dele. Logo a mamãe me abraça também.

- Agora quero ficar sozinha digo para eles que me deixam com minha tristeza.

A dor é imensa, e o sentimento de derrota, maior ainda. Deito-me na cama e fico encolhida por horas. Não desço para almoçar e não saio da cama, nem sequer me movo. Vovô bate na porta do quarto por algumas vezes mais desiste quando cansa de ser ignorado.

A noite passa silênciosa e lenta. A cada minuto fico refazendo todas as declarações de amor, todos os momentos de alegria com ele. Me doi, ao lenbrar do dia em que estavamos dançando em nosso baile particular, e ele disse, "eu te amo". Naquele momento, senti que aquelas palavras eram verdadeiras. Mais agora não. Ele pode ter se deixado levar pelo momento. Depois que essa garota apareceu, as coisas começaram a andar para trás. Ele tem uma história com ela, comigo foi só momento. Acho que precipitei-me ao aceita-lo em minha vida. Foi tudo tão intenso e derrepente. Ruan não é o cara certo para mim.

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