Capítulo 37

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#Dafine#

- Oi tio, não esperava ve-lo tão cedo.

- Bom dia Dafine é que tenho que voltar hoje mesmo só vim ver se está bem.

- Estou. Digo

- Oi pessoal. Meu tio diz para meus amigos ao entrar. Eles retribuem com um oi em uníssono. Continuamos comendo as panquecas. O tio pergunta se estou precisando de alguma coisa. Falo que não, afinal aqui tem tudo. A geladeira está cheia e ainda tenho um pouco do dinheiro que ele me deu.

- Dafine vou ter que ficar fora por duas semanas você vai ficar bem?

- Sim tio. Quase não durmo sozinha. Os meus amigos estão dormindo aqui duas vezes por semana. Falo logo, porque ele deve estar pensando "o que meus amigos estão fazendo as 7 horas da manhã na minha casa".

- Tudo bem. Parece que rolou uma festa ontem? Como não vi nenhuma garrafa de bebida vou ficar tranquilo, mais se comportem, Ok?

- Ok. Tio somos menores de idade e também frequentamos a igreja, não bebemos.

- Ótimo. Deus seja louvado. É por isso que tinha um pastor no hospital. Foi tanta correria que nem te perguntei.

- Tem bastante tempo que vou a igreja, desde os 12 anos.

- Isso é muito bom querida. E vocês se conheceram na igreja?

- Eu e Dafine nos conhecemos no colégio mais foi eu quem convidei ela para ir a igreja. Frequento desde que nasci. Alice diz

- Eu conheci as meninas na igreja em um culto de jovens quando tinha 16 anos e fiquei encantado pela equipe. Os jovens são muito unidos. E conheci Ruan á pouco tempo, também em um culto de jovens e ficamos amigos. Pedro diz

- Bom, eu fui para o culto em que Dafine estava pregando. Foi muito bom ve-la falando de Deus. Me apaixonei por ela e aqui estamos. Ruan fala

- Que legal Dafine, sua mãe nunca me contou que você prega na igreja.

- É porque ela não sabia. Nunca frequentou.

- Há. Vam fazer o quê nesse sábado ensolarado? O titio Lucas pergunta.

Ruan da a ideia de irmos para a praia. Arrumamos nossas coisas e fomos.

- Está pensando no quê. Titio pergunta

- Estava pensando no vovô ele veio na praia com a gente antes... engasgo e meu tio me corta.

- É melhor assim, senão ia acabar chorando.

Fico deitada na areia do lado de Alice o meu tio, os meninos estão jogando futebol e o dia está perfeito. Mais percebo que Alice está diferente. Não sei o que é mais está.

- E como foi ontem a noite? Pergunto

- Fiquei muito chateada com ele, mais depois acabei o perdoando. Não consigo viver sem ele, você entende?

- E como! Eu também não vejo minha vida sem Ruan.

- Engraçado isso né! Um dia você é uma menina solitária, no outro uma garota apaixonada.

- Verdade amiga. Comigo e Ruan as coisas também aconteceram rápido.

- Tenho medo que não dure. Alice diz olhando para o chão de areia.

- Não fique, se for para ser será. Também tenho um pouco de medo, mais Deus está no controle ele sabe o que é melhor para nós.

- É Deus sempre sabe de tudo. Ela diz um pouco preocupada.

- Resolvo não perguntar sobre eles dormirem juntos. Descido tomar um sorvete e pego outro para Alice, que, retribui com um sorriso.
Os meninos voltam junto com o titio e Ruan está bronzeado. Também, jogando bola nesse sol.

- Amor vou dar um mergulho quer vir? Ruan pergunta.

- Não amor estou bem aqui.

- Eu vou com você estou morrendo de calor. Meu tio fala para Ruan

#Ruan#

Na água o Lucas se aproxima e pergunta: - Ruan será que a Dafine está desconfortável em entrar na água sem a prótese? O médico disse que ela só pode usar em água doce. O sal do mar pode corroer as peças.

- Não sabia, mais tive uma ideia. Vou falar com ela. Falo com Lucas que acena para mim enquanto nado para a praia.

- Amor, posso falar com você. Digo para ela.

- Sim é claro. Ela se levanta e saio andando pela areia. Dafine logo vêm atrás.

- Vamos no nosso lugar secreto? Pergunto.

- Claro que sim. Só estava esperando você me chamar.

Na gruta ajudo-a a tirar a prótese. Dafine não tem mais vergonha de mim. Pego ela no colo e coloco-a na água. Ela começa a chorar. Enchugo suas lágrimas e penso no tanto que deve ser difícil para ela vir a praia e não entrar no mar por vergonha. Não digo nada só espero as lágrimas sessarem. Ela quebra o silêncio entre nós.

- Ruan obrigado por ter me trazido aqui. Você é meu anjo da guarda.

Fico tão feliz em ve-la me chamar assim. Sinto-me no compromisso de cuidar dela, e ser chamado de anjo da guarda me deixou lisonjeado.

- Vem cá, minha princesa. Digo e dou um beijo em sua boca linda. Ela retribui com um beijo mais intenso, e logo estamos nos agarrando. O clima vai ficando cada vez mais quente. Nossas bocas não se afastam, centímetro por centímetro do meu corpo quer ela. Quer senti-la e ama-la novamente. Mais o medo de perde-la por um erro é maior então me afasto dela.

- Te amo. É só o que eu digo

- Te amo. Ela também diz.

Voltamos para a praia e depois de almoçarmos e ver os meninos jogando volei na areia, um temporal se aproxima fazendo nosso passeio na praia acabar antes das 16 horas. Mais foi bom. Apesar de sairmos a baixo de chuva. Foi muito bom estar com Ruan, o titio e meus amigos.

O sábado acaba e me despeço do titio. Ele deixa mais dinheiro para que me mantenha e se vai. Fecho a porta de casa e vou dormir. Estou muito cansada o dia começou cedo. Quando estava quase pegando no sono o papai liga e fico conversando com ele por um bom tempo. A cada ligação estamos ficando mais próximos. Me despeço dele e em fim, adormeço.

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