JULIET

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Zac's POV

O show em Buenos Aires havia sido cancelado, isso me dava uma semana de folga. E eu estava mesmo precisando de alguns dias para mim. Desde aquele e-mail estranho que Juliet me mandou, ela estava estranha. Ela parecia distante, mal respondia meus e-mails. E aquela ligação fora estranha.

— O que está acontecendo com você, Zac? — Ike apareceu no restaurante do hotel pouco depois que sentei para comer algo.

— Eu não sei como não enlouqueci ainda esse mês, Ike.

— Como assim?

— Eu estou tentando me focar ao máximo, mas meu Deus... Juliet não sai da minha cabeça.

— Você se apaixonou mesmo, não foi? — Ike sorriu. — Só te vi assim pela... bom, você sabe.

— E mesmo assim não me sentia ansioso o tempo todo.

— Cara, vamos ter aí uma semana de folga. Porque não vai à Tulsa e resolve isso?

— Você acha que daria tempo? E os ensaios?

— Não se preocupe. Não acho que Taylor teria problema com isso. Mas você pode perguntar, ele tá vindo aí.

Taylor caminhava com aquele seu jeito sonolento é preguiçoso.

— Taylor, teria algum problema para você se eu fosse à Tulsa?

— Quando? Hoje?

— Sim. Hoje. Eu preciso resolver algumas pendências por lá para colocar minha cabeça no lugar.

— Cara, voltando logo, não vejo nenhum problema. — Ele deu os ombros e foi ao buffet pegar comida.

— Quanto tempo você quer ficar? — Ike bebericava minha comida.

— Três ou quatro dias, no máximo.

— Tente voltar em três.

Agradeci aos dois e voltei correndo para o quarto. No caminho, comprei as passagens pelo celular mesmo. Tinha três horas para arrumar uma mala pequena com apenas o útil e correr para o aeroporto.

•

O voo demorava por volta de cinco horas e estava lotado. Por sorte fui reconhecido apenas por duas garotas que sentaram no fundo do avião. Havia colocado meu boné e óculos escuro. Algumas pessoas não conheciam, outras tinham dúvidas mas não se metiam a falar comigo.

Eu gostava das fãs. Sem elas não seríamos nada. Mas haviam momentos e momentos. Naquele momento ali, eu só queria chegar em Tulsa e me resolver com Juliet.

Depois de vários bebês gritando e muitas idas ao banheiro, estava finalmente desembarcando no Aeroporto internacional de Tulsa, minha cidade amada.

Olhando para o relógio, teria pouco tempo entre ir no apartamento e deixar a mala e fazer uma surpresa para ela. Mas deveria tentar. Ainda tinha uma hora até ela sair do trabalho.

Pedi um uber para casa somente para deixar a mala e tomar um banho rápido. Meu coração estava a mil. Eu queria muito encontrar ela. Eu queria conversar com ela, dizer que tudo estava bem.