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O clima estava ameno em Tulsa naquele sábado. Os preparativos para a festa de Zac e Juliet estavam quase acabando. Os convidados chegavam aos poucos e se sentavam em seus lugares. Muitos não conheciam Juliet muito bem, mas ela havia passado uma simpatia sem tamanho. Ela realmente era muito bem-vinda na família.

Não muito longe dali, Morgana terminava de se arrumar no mesmo quarto que Juliet, Natalie e Abgail.

— Alguém viu minha mala? — Juliet perguntou enquanto procurava sua coroa de flores.

— Acho que ficou no outro quarto. — Natalie falou enquanto levantava da poltrona.

— Pode deixar, Natalie. Eu pego. — Morgana falou já abrindo a porta e indo em direção ao outro quarto. Quando finalmente achou a mala e virou, viu Ike parado bem a sua frente.

— Oh meu Deus, Ike! Você me assustou!

— Você está tão linda. — Ele sorriu.

— Você está lindo também. — Ela o abraçou e lhe deu um selinho. — Eu preciso ir.

— Eu preciso que me ajude. O Zac está preparando uma surpresa para ela...

— Oh meu Deus... o que é?

Ele contou todo o plano rapidamente e Morgana achou o máximo o fato de Zac ser tão criativo.

— Quem diria né, Ike? O Zac virando um homem e pai de dois filhos...

— Acho que a gente tá ficando velho, meu amor.

— Talvez sim. Mas estou feliz que seja com você.

Quando finalmente Juliet estava pronta com seu vestido branco lindo e bem a sua cara, ela viu seu pai aparecendo na porta.

— Pai? — Ela virou e correu para onde ele estava.

— Ei! Não chora. — Ele pediu levantando seu queixo. — Filha, eu te amo. Eu sei que sua mãe está muito feliz e onde ela estiver, está cuidando de você.

— Oh pai... eu te amo.

— Eu fui muito feliz com sua mãe nos poucos anos que Deus me deixou conviver com ela. Eu quero que você seja tão feliz como eu fui, só que pela vida toda.

Ela agradeceu sentindo que ia chorar.

— Vamos, eu preciso te deixar no altar.

As três saíram antes de Juliet e seu pai a ajudou colocando sua coroa de flores.

— "O amor é sofredor, é benigno; o amor não é invejoso; o amor não trata com leviandade, não se ensoberbece. Não se porta com indecência, não busca os seus interesses, não se irrita, não suspeita mal; Não folga com a injustiça, mas folga com a verdade; Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta."

Eles saíram do hotel onde estavam e, de carro, chegaram ao parque. Tudo estava uma loucura, a imprensa estava no local, mas por sorte, respeitaram esse momento.

Juliet estava tão feliz. Finalmente estava acontecendo.

Esperou todos entrarem e, finalmente era sua vez.

Mas havia algo errado. Zac não estava lá.

— Onde está o Zac? — Ela começou a tremer e seu pai pegou em sua mão.

— Tenha calma, vamos entrar.

Ainda sem entender nada, entrou por entre as cadeiras com seu pai preocupada com o fato de Zac não a esperar no altar.

— Agora olha para lá. — seu pai apontou para o fim do corredor de flores que eles haviam acabado de passar.

Lá estava Zac, com o cabelo preso e sua roupa social cinza.

Ele sorria.

Ele também estava com um violão. Era mesmo típico dele. Nada era normal quando se tratava de Zachary Hanson.

Então, para sua surpresa, ele começou a cantar em português com um sotaque muito pesado:

Linda do jeito que é
Da cabeça ao pé
Do jeitinho que for

É, e só de pensar
Sei que já vou estar
Morrendo de amor
De amor

Coisa linda
Vou pr'onde você está
Não precisa nem chamar
Coisa linda
Vou pr'onde você está

Linda feito manhã
Feito chá de hortelã
Feito ir para o mar

Linda assim, deitada
Com a cara amassada
Enrolando o acordar
O acordar

Coisa linda
Vou pr'onde você está
Não precisa nem chamar
Coisa linda
Vou pr'onde você está

Ah, se a beleza mora no olhar
No meu você chegou e resolveu ficar
Pra fazer teu lar
Pra fazer teu lar

Coisa linda
Vou pr'onde você está
Vou pr'onde você está

Quando ele chegou, ela sabia.

Era mesmo ele.

JULIETOnde histórias criam vida. Descubra agora