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— Oi Zac.

Como é bom ouvir sua voz...

— Eu também adoro sua voz... — Falei me deitando na cama.

Esperei tanto por esse momento.

Eu não sabia o que responder. Eu não podia dizer que esperava por aquele momento. Eu estava ansiando por ele.

Sem forçar a barra... Eu sei, desculpe. — Ele falou baixinho.

— Zac, eu queria... eu juro a você que eu queria...

Tudo bem, Juliet. Eu sei que você quer. E sei que eu preciso provar muita coisa ainda.

— Obrigada por entender...

Ficamos em silêncio mais uma vez.

— Como está o céu aí em Tulsa? — Perguntei indo a janela do meu prédio e olhando para o céu.

Eu ouvi ele levantando de algum lugar e logo em seguida falou:

— Tá lindo. Estrelado. Onde eu estou, não consigo ver a lua. E o céu aí?

— Sem estrela. — Falei rindo. — É tudo muito iluminado aqui.

Ele riu um pouco.

— NYC definitivamente não gosta de estrelas. — Falei. — Mas tenho a lua aqui.

— Claro que a lua apareceria para você...

— Zac...

— Oi, Juliet...

— Eu quero. Eu quero que você me prove que pode ser diferente.

Ele ficou em silêncio por alguns segundos.

— Obrigado. — Percebi que ele chorava do outro lado já que sua voz saiu embargada e ele fungava.

— Eu não quero... — Senti meu peito doer. — Eu não quero ser quem vai acabar com isso novamente.

— Você é melhor do que eu jamais serei nessa vida, Juliet. É normal te amar. Privilégio mesmo é ser amado por você.

— Zac... a música é linda. Eu nunca pensei que não pudesse enjoar de uma música. Eu não paro de ouvi-la. Obrigada por fazer algo tão lindo pra mim.

— Não me agradeça, por favor.

— Eu entendo você. Entendo que o que fez foi pelo seu filho.

— Eu procuro todos os dias uma forma de me perdoar.

— Eu te perdoo.

Senti que as lágrimas caíam sem freio pelo meu rosto. Ele também chorava do outro lado da linha.

— Você não vai se arrepender, Juliet.

Sorri.

— Se eu fosse louco, eu pegava um avião agora e ia te ver.

JULIETOnde histórias criam vida. Descubra agora