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Estava nervosa. Enquanto andava por aquele corredor, sentia todo meu corpo adormecer. Eu não sentia mais tanta dor física, mas ela não era a pior. Eu sentia uma dor emocional que não dava trégua.

Quando avistei o quarto que Zac estava, quis correr.

— Calma! Vamos chegar. — Ike me segurava com firmeza.

Estava impaciente, queria vê-lo ali, vivo. Eu estava nervosa, não sabia como diria a ele tudo. Mas ele estava vivo, então Deus havia nos dado uma chance.

Quando chegamos ao quarto, vi Diana e Walker sentados em duas cadeiras. Quando nos viram, levantaram imediatamente. Não consegui sorri de volta para eles. A verdade era que queria chorar. Era isso que estava em minha garganta. Um choro preso, uma vontade de berrar aos quatro cantos.

Ganhei um abraço dos dois e ouvi Diana dizer:

— Tudo vai se resolver.

Engoli em seco e me vi parada em frente à porta. Ele me olhava ainda preocupado.

— Me disseram que você estava internada aqui também. — Ele disse ainda com um rosto preocupado. — O que aconteceu?

— Eu vou deixar vocês conversarem. — Ike falou após me colocar em uma cadeira do lado da cama. — Estamos aqui fora qualquer coisa.

Ele saiu e eu senti as lágrimas em meu rosto.

— Eu pensei que você ia morrer, Zac.

— Me perdoe por isso, meu amor. — Ele fechou os olhos. — Eu estava fora de mim. Jamais deveria ter pego o carro. Foi uma estupidez...

— Eu estou tão feliz que está aqui. — Olhei para ele e Sorri tristemente. — eu estava tão desesperada...

— O que aconteceu com você?

Respirei fundo e engoli seco.

— Eu não sabia que... que eu estava grávida.

— O quê? — Ele sentou mais na cama e me olhou surpreso. — Você está grávida?

Senti que iria desmoronar ali mesmo. Fechei os olhos tentando impedir que o grito preso na garganta saísse.

— Não... não mais. — Olhei para ele e chorei. — Eu perdi o bebê.

Por longos segundos, ele não disse nada, ficou apenas me olhando, desolado, acabado.

Perdemos um bebê?

Ele então começou a chorar e eu não me aguentei mais. Levantei com dificuldade e o abracei forte.

— Eu não sabia, Zac...

— Você não tem culpa. — Ele disse olhando para mim. — Ouviu bem, Julie? Você não tem culpa. Nós iremos passar por isso juntos, nós teremos nossos filhos e sempre oraremos por esse bebê.

Eu o abracei mais forte. Ele me dava forças para continuar. Eu sabia que ele estava devastado com isso também. Mas tínhamos um ao outro.

JULIETOnde histórias criam vida. Descubra agora