JULIET

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Zac não era humano.

Pelo menos não um mero mortal como todos nós.

Quando eu o vi parado de braços cruzados e encostado em seu carro, tive a plena certeza que estava sonhando.

Ele usava uma calça jeans escura e uma camiseta branca em V e mangas longas. Seu cabelo estava solto e bagunçado. Exatamente do jeito que eu gostava.

— Você está maravilhosa. O que tem em mãos?

Olhei para mim mesma e sorri. Eu estava satisfeita comigo naquele dia. Nas mãos eu tinha um potinho com com brigadeiro que havia feito naquela tarde.

— Você também não está mal. Acho que você vai gostar.

Ele me abraçou dando um beijo em minha testa e abriu a porta do carro:

— Você pode me mostrar no caminho. Primeiro as damas.

Sorri e entrei no carro. Ele fechou a porta e deu a volta.

— Para onde vamos? — Perguntei curiosa e ansiosa.

— Bom, eu pensei em um restaurante legal que gosto muito. Mas... — Ele parou para pensar. — Eu não quero levar você lá. Pelo menos não agora.

— Algum motivo especial?

— Um dia te conto. — Ele piscou e deu partida no carro. — E o que temos nesse pote?

Tirei a tampa e o rosto dele se abriu em uma felicidade incontida.

— Isso é o...

— Sim! O brigadeiro! — Falei sorrindo. — Passei a tarde fazendo para ficar no ponto.

— Oh meu Deus, eu nem acredito. Obrigado, minha linda!

Peguei uma bolinha e coloquei em sua boca.

— OH MY GOSH! COMO FAZ ISSO PELO AMOR DE DEUS?

Comecei a rir de sua reação e a prestar atenção no caminho. Não conhecia aquelas ruas.

— Pra onde estamos indo?

— Eu queria fazer algo especial, então encomendei comida no Texas de Brazil para que você matasse um pouco a saudade de casa.

— Oh meu Deus! Essa eu não esperava! — Falei realmente animada.

— A comida é muito boa. Você já comeu lá?

— Na verdade não. É bem caro. — Falei um pouco envergonhada.

— Bom, pois você vai comer hoje. — Ele pegou em minha mão.

Eu pensava que Zac morava em um apartamento no centro, lembro-me dele ter comentado que morava lá.

— Eu também tenho uma casa em um condomínio mais afastado. Ainda não a coloquei para vender. — Ele comentou um pouco sério depois que perguntei se ele não morava no centro.

Quando chegamos, percebi que não era uma casa e sim um casarão. Era em um daqueles condomínios onde só ricos moravam. Então tive noção de quem eu era. Não tinha dinheiro, nem uma família rica. Eu era uma garota normal quase que vivendo um sonho.