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O Natal finalmente estava chegando. Já estávamos na véspera e eu havia conversado com Zac que passaríamos na casa de meus tios algum tempo e depois iríamos para casa dos familiares dele.

Ele havia gostado da ideia, queria conquistar minha família novamente. As pessoas lá ainda não gostavam muito dele.

Zac estava um pouco estranho também. Estava mais calado, não prestava muito atenção no que eu falava. Achei que pudesse ser algum problema com Kathryn. Soube bem por cima que ela havia aparecido e feito um escândalo, mas não mais do que isso. Até tentei arrancar a informação de Ike, mas ele só dava os ombros e dizia que não era nada.

Eu adorei Morgana. E ao que tudo indicava, Ike estava apaixonado também. Me encantei com a história dos dois. Haviam se conhecido na infância e o tempo os separou de forma tão injusta.

— Não é louco? — Perguntei enquanto estávamos fazendo brigadeiros para a noite. — Se encontrar dessa forma coincidentemente?

— Eu juro que não acreditei quando vi Ike e Tay em minha frente. Os dois adultos, enormes.

— Não consigo imaginá-los pequenos. Ainda mais o Ike que sempre tem as palavras certas nos momentos certos.

— Ele sempre foi assim, sabe? Leal, amigo. Ele deixou de falar com uma moça porque ela era malvada comigo.

— Mas isso é o certo. Não podemos confraternizar com o inimigo.

Ela riu divertida.

— Como Zac era?

— Zac? Zac era insuportável. Ele implicava comigo, fazia confusão e chorava por nada. Teve uma vez que ele encasquetou que tinha um avestruz correndo atrás dele.

Me engasguei de tanto rir. Zac não parecia ter sido o filho mais fácil de Diana. Mas ele havia amadurecido. Olhei para ele que estava com os irmãos arrumando a árvore de natal.

— Como vão as minhas meninas favoritas? — Walker chegou na cozinha e sorriu para nós duas. — Você sabe, Juliet, eu conheci essa moça aqui com dez anos de idade.

— Não faz tanto tempo assim, Sr. Walker. — Ela falou olhando para ele docemente.

— Não é mesmo, você ainda é uma criança.

— Ei, eu ouvi viu? Eu também não sou favorita, sogro? — Natalie carregava uma caixa com enfeites de Natal.

— É verdade, Natalie. — Ele coçou a cabeça. — Você também está no meu coração.

Ele beijou o topo de sua cabeça e saiu para ajudar Diana no jardim. Natalie sentou conosco na mesa.

— Juliet, você vai matar a gente com esses doces brasileiros.

— Quero que todos fiquem felizes. — Sorri enquanto ainda fazia a bolinha na mão e depois jogava no prato cheio de confeite.

— Fico feliz que Zac tenha aberto os olhos e reconquistado você. Era tão difícil conversar com Kathryn.

Achei aquilo um pouco inconveniente, mas sorri:

JULIETOnde histórias criam vida. Descubra agora