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❄️

Peguei o endereço com a picareta. Ela ficaria de me entregar a outra informação no sábado. Cheguei a passar em frente ao apartamento que ela falara.

Saí do carro e caminhei até a portaria onde um homem fumava um cigarro. Ele parecia o porteiro do prédio ou algo assim.

— Olá, Senhor. Bom dia. O senhor saberia dizer se a Morgana se encontra?

— A Morgana? Do terceiro andar? — Eu assenti e ele abriu um largo sorriso. Sorri ao vê-lo fazendo isso. Realmente era difícil não falar em seu nome e não sorrir. — Infelizmente ela viajou já tem algumas poucas semanas. Quer deixar recado?

— Não... não. Na verdade eu queria fazer uma surpresa. — Sorri triste. — Saberia dizer para onde ela foi?

— Oh, não... ela é simpática mas muito discreta.

Agradeci ao homem e voltei para o carro. Olhei o relógio. Estava atrasado novamente. Precisava encontrar Juliet. Por sorte o lugar era ali próximo.
Dirigi até o local indicado, mas não conseguia parava de pensar onde ela poderia estar.

Quando cheguei ao café, vi Juliet lendo um livro concentrada. Sorri. Eu a adorava. Zac era mesmo um panaca por ter deixado aquela moça escapar. Era modesta, simpática, não precisava de muito para chamar a atenção para si.

— Hey, desculpe meu atraso. — Falei e ela parou de ler o livro e levantou para me abraçar.

— Tudo bem, cheguei agora há pouco. — Ela sorriu. — Como está?

— É, eu estou bem. Estou tentando resolver alguns problemas aqui, mas está um pouco difícil.

Nos sentamos e percebi que ela lia "Orgulho e preconceito". Ela percebeu que eu olhava para o livro:

— Adoro Jane Austen. Nunca me livrei dos meus gostos peculiares para livros de romance.

— É um clássico, não?

— Sou uma eterna incurável. — Ela sorriu docemente.

— Bom, se serve de consolo, eu também. E você? Tudo bem?

— Muito trabalho, pra ser honesta. Estou tentando manter o foco, mas são tantas coisas.

— Você trabalha com o quê mesmo?

— Marketing. Marketing digital. É minha área de atuação atualmente. A empresa é boa, paga um bom salário. E eu vivo bem.

— Fico feliz que tenha se estabelecido aqui. É difícil sobreviver nesse lugar.

— Eu tenho tentado. Gostava de morar em Tulsa, honestamente. Tudo aqui é tão longe é tão caro... as vezes fico em casa comendo pizza por causa dos valores.

— Ah, mas eu sempre faço isso. — Dei os ombros. — Já pediu?

— Não. Você vai tomar o quê?

Pedimos café, o dela com bastante açúcar, e voltamos a nos olhar.

— E seus irmãos? Estão bem?

MORGANA (CONCLUÍDA)Onde histórias criam vida. Descubra agora