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☀️

O mês que se seguiu foi tranquilo. Eu trabalhava normalmente, Ike chegou a vir umas duas vezes, mas dávamos nosso jeito pelo telefone. Me senti uma adolescente boba e apaixonada por um homem tão requisitado.

Quando fevereiro chegou, e com ele a proximidade de meu aniversário, pensei seriamente em ir para Tulsa comemorar com ele. Ainda era difícil escolher e arrumar uma mala, mas tinha uma boa folga naquela semana.

A par da agenda deles, já que eles teriam alguns shows pelas cidades arredores de Tulsa, comprei minha passagem e passei a organizar como iria encontrá-lo. Ele sempre era um fofo em suas surpresas, eu também queria ser. Fora que estava ciente de que ele estava preparando algo para mim já que andava muito estranho naqueles dias.

Chegaria uma semana antes em Tulsa para que ele não tivesse tempo de fazer nada para mim. Mas precisava de ajuda.

Taylor havia me seguido no Instagram semanas antes, provavelmente depois que Ike havia comentado sobre nós. Perguntei se ele poderia me passar seu telefone já que estava querendo falar com ele urgente. Ele, simpático como era, passou e ainda pediu para que não mandasse pra ninguém e apagasse a conversa.

Como sempre ele era mesmo neurótico.

Naquela noite, liguei e ele atendeu rapidamente.

— Hey!

— Taylor? Tudo bem? Se você tiver ao lado do Ike, não diz que sou eu. Aqui é a Morgana.

— Hey, Morgs! Tudo bem? Não, não estou com ele. Acabei de chegar em casa. Aconteceu alguma coisa?

— Na verdade eu queria a sua ajuda. Ike já fez muito por mim, eu queria retribuir. Dia 18 é meu aniversário, mas também é aniversário de John, o filho de Zac.

— Sim, a Kathryn está fazendo um aniversário enorme pra ele.

— Eu imaginei. E imagino que ele esteja planejando vim para NYC de surpresa. Bem ao estilo dele mesmo.

— Eu acho engraçado como vocês se conhecem. — Ele começou a rir. — E o que tem em mente?

— Eu comprei passagens para ir à Tulsa semana que vem. Você tem a rotina dele? Queria encontrá-lo em um desses locais.

— Ike costuma ficar muito em casa. Mas nunca nega quando eu o chamo para uma cerveja ou um boliche. Mas vamos ter um mini-show na semana que vem. É em prol das crianças órfãs. Deixa eu ver o horário.

Ele pareceu caminhar e ouvi o grito de crianças ao redor. Sua esposa falou algo, mas não deu pra entender.

— Pronto, Morgs. Vamos tocar no domingo, dia 10, em um teatro aqui. Você chega quando?

— Exatamente no domingo. Acredito que por volta de onze horas da manhã mais ou menos.

— Vou te arranjar o ingresso. Acho que você aparecer logo após o show, ou não sei... na hora do solo dele.

— Não. Depois do show, quando vocês tiverem saindo.

— Perfeito. — Ouvi a voz dele e de sua mulher falando algo baixinho. — Natalie faz questão de te buscar e você almoça aqui com a gente. O que acha?

MORGANA (CONCLUÍDA)Onde histórias criam vida. Descubra agora