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Ano novo, novas resoluções (novamente).
Passar o ano novo em um hospital não é uma coisa muito legal. As pessoas não percebem que as piores e maiores decisões são quando elas tomam no calor do momento. Aquela briga com o vizinho por causa do som ou aceitar dirigir bêbado por uma Nova Iorque completamente insana com a festa do ano novo.
A verdade é que no hospital não tem nada de novo. São sempre os mesmos tipinhos de pessoas que fazem merda e se acidentam. E lá estava eu trabalhando no plantão que ninguém queria. Havia conseguido fazer uma pequena viagem ao túmulo de Andy um dia depois do Natal. Coloquei algumas flores e conversamos um pouco.
Agora precisava me organizar para ver Ike e sua família em Tulsa. Sabia que Diana estava ansiosa por me ver. E eu também estava ansiosa para ver toda a família.
Meu plantão acabava as 7 da manhã do dia 1 de janeiro. Embora eu estivesse com pouco no clima, tinha combinado comigo mesma que almoçaria na lanchonete perto de casa. Macarrão com queijo era a coisa mais maravilhosa que eles serviam lá.
Bati meu ponto e saí do hospital em direção ao carro. Mas me deparei com uma surpresa.
— O que diabos você tá fazendo aqui, Ike? — Corri para abraçá-lo. — Você não tem um celular pra me avisar que está vindo não?
— Eu prefiro chegar de surpresa!
Nos abraçamos forte e ele olhou pra mim.
— Você está muito cansada ou podemos tomar um café juntos?
— Claro que tomo um café! Vai ser ótimo poder conversar.
— Eu vi que aqui perto tem uma cafeteria. É melhor ir andando do que se perder no trânsito, não?
— Ike, não tire onda com minha cara. Nossa amizade já está bem abalada.
— Jamais, minha querida.
Andamos pela calçada, realmente a cafeteria era do lado mesmo.
— Pra ser honesto, eu vim quase de surpresa mesmo.
— Foi? Conte-me mais...
— Bom... — Ele coçou a cabeça. — Eu não sei nem como falar isso.
— Que tal tentar pelo início?
— Bom...
Entramos na cafeteria que estava com um cheiro maravilhoso. Alguns médicos se encontravam lá e dei um tchauzinho.
— Happy New Year!
Todas eles responderam com um sorriso. Ike também deu um "tchauzinho".
— Certo, Ike boy, vamos do começo.
— Bom... no dia em que você não pôde ir pro show, eu conheci uma pessoa.
Engoli seco. Eu sabia que Ike poderia começar a namorar ou sair com alguém. Mas tinha medo que esse dia chegasse. Eu sabia que ele tinha filhos, que fora casado e tudo mais. Mas até aquele momento, eu pensava que ele estivesse atrás de se encontrar.
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MORGANA (CONCLUÍDA)
RomanceSerá que um amor duraria uma vida? Morgana tivera a infância muito atordoada. Como seu pai era um diplomata, viveu boa parte da vida se mudando de país e tendo que fazer novas amizades sem ao menos saber a língua. Ao se mudar para Venezuela, Morgan...