Capítulo 9

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Karol

Depois que cheguei em casa, só tomei um banho e me deitei. Estava tão cansanda, fisica e psicologicamente que acabei pegando no sono.

Acordei com a droga do meu celular tocando e ainda meio sonolenta atendi.

- Alô?

- Karoool.... - Uma voz arrastada me chamou do outro lado.

Tirei o telefone do ouvido e olhei na tela. O nome do Ruggero aparecia no visor. Me sentei na cama despertando totalmente.

- O que você quer? -  Perguntei irritada.

- Karool p-por favooor... me p-perdoa.. eu... eu... sou um... idiota...

- Ruggero você ta bêbado?

- Não... eu só bebi uuuuum pouquinho!

- Aonde você ta? - Olhei a tela novamente - Que droga Ruggero! São 3hs da manhã!

- Eu não sei... acho que to no centro... Karooool... cadê meu carro?

- Ai meu Deus! - Suspirei - Porque você não ligou pra sua namorada?

- Eu briguei c-com ela... Kaarol... ela me bateu... me ajuda p-por favor Karool... - Ele começou a chorar chamando meu nome.

- Ta garoto! Fica onde esta que eu vou te buscar!

Não esperei nem resposta e desliguei o telefone. Tentei pensar no que fazer até porque tanto o segurança quanto o motorista ja haviam ido embora. A minha ultima alternativa era pegar meu Mazda Mx5 no estacionamento e dirigi até o centro da cidade pra procurar ele. Odeio dirigir! Mas que escolha tenho? Por mais raiva que eu esteja sentindo nesse momento, eu não posso deixa-lo sozinho e bêbado no meio da rua! Eu deveria, afinal ele deixou a Candelária me bater, mas eu não sou assim. Esse meu coração idiota esta sempre mandando eu fazer o certo!

Coloquei um conjunto de moletom preto com capuz e peguei meu carro. Saí em direção a avenida príncipal, torcendo para não bater em nada. Eu tirei minha carteira mas nunca peguei um carro depois disso. Com toda certeza se eu fizesse algo errado o Ruggero iria arcar com tudo. É culpa dele eu estar saindo a essa hora de casa.

Quando fui chegando mais próximo ao centro, diminui a velocidade e comecei a olhar atentamente a rua. Passei na frente de alguns bares, andei algumas quadras, até que visualizei uma figura sentada na porta de um bar que já estava fechado.

Estacionei, e desci correndo até ele. Estava quase desmaiado. A camisa pólo branca estava totalmente suja, a calça tinha um rasgo na altura do bolso frontal e os tênis já não estavam em seus pés. Com toda a certeza alguém se aproveitou do estado alcoólico dele pra lhe roubar os pertences depois que ele me ligou. Assim que me abaixei perto dele, percebi o quão bêbado ele estava. Parecia estar em outra galáxia. Tentei levanta-lo, porém sem sucesso.

- Ruggero por favor colabora... - pedi já exausta de fazer força - Eu não consigo levantar você sozinha... me ajuda vai, Rugge... - Me ajoelhei ao lado dele e tomei seu rosto em minhas mãos fazendo-o olhar pra mim - Eu quero te ajudar, mas eu preciso que você levante!.

Não sei qual das palavras mágicas que eu disse o fizeram ter um lapso de consciência, mas por um momento ele me olhou, concordou com a cabeça e se levantou com o meu apoio. Coloquei ele dentro do carro, afivelei o cinto, dei a volta no carro e entrei.

- Rugge você sabe o número da Candelária decor? Eu preciso avisar ela que estamos indo.

- Não... não q-quero ver ela - Ele respondeu meu embolado e escorou a cabeça no banco.

- Rugge? - Chamei - Ruggero acorda... não não não... por que essas coisas acontecem comigo hein?

Liguei o carro e o coloquei em movimento. Não havia outro lugar onde eu pudesse ir. Teria que leva-lo ao meu apartamento. Como eu subiria com ele eu ainda não sabia. Só esperava que ninguém descobrisse isso. A ultima coisa que eu precisava era de um escandalo ruggarol e da Candelária no meu pé. Por sorte chegaríamos intactos, Ruggero iria curar da bebedeira e tudo ficaria bem! Pelo menos assim espero!

Quando o destino quer - RuggarolOnde histórias criam vida. Descubra agora