Capítulo 43 - Último

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Não era meu trabalho procurar o culpado

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Não era meu trabalho procurar o culpado. Eu não dava a mínima para o que aconteceu com o meu show. Mas terem ferido a minha mulher, foi a gota d'água. Dei ordem para que a segurança fechasse todas as saídas do backstage. Vasculhamos cada canto mais nada foi encontrado. As câmeras de segurança mostravam apenas um homem de estatura média passando com uma mochila e um casaco de capuz Preto.

"Suspeito visto entrando no camarim do lado do Sul" — A pessoa do outro lado do rádio informou.

— Peça para não entrarem, quero ser o primeiro a ver a cara do canalha — Avisei o chefe de segurança, a quem pertencia o rádio.

Caminhamos a Passos largos até o local indicado. Quando chegamos quatro seguranças já estavam a postos, aguardando ordens.

— Alguém mais entrou ou saiu? — Perguntei a um dos homens.

— Não senhor.

Pedi que ficassem do lado de fora aguardando a chegada da polícia e entrei somente com um dos seguranças que estava comigo.

As luzes estavam acesas e ele estava lá sentado em uma das poltronas, vestido como se estivesse realmente assistindo ao show. Se eu não soubesse que ele tinha entrado alí vestido de outra forma, e que aquilo era apenas um disfarçe por não ter conseguido sair, confesso que até eu acreditaria em sua inocência. Afinal ele sempre foi um ótimo ator.

— Rugge, amigo, que confusão é essa lá fora hein?! — Levantou vindo na minha direção e recuei dois passos fazendo-o parar onde estava —  Os fãs estavam enlouquecidos.

— O que faz aqui?

— Fugindo — Forçou um sorriso — Dos fãs — Completou — Pensei que iam me atacar.

— E não pensou em trazer nossos amigos com você?—  Fingi entrar no jogo — Nem mesmo sua namorada?

— Eu... Eu acabei me perdendo dela no meio do tumulto — Percebi que começava a ficar nervoso.

— Estranho porque eu passei por ela agora pouco e ela estava sentada no mesmo lugar ao lado do Samuel. E me pareceu bem assustada com o que você fez com a Karol.

— Não sei do que está falando Ruggero — De repente sua fisionomia mudou completamente. O personagem sumiu e o medo tomou conta — Acho melhor eu ir embora.

— E eu acho melhor você ficar exatamente onde está até a polícia chegar. — Meu segurança bloqueou a passagem — Acabou Facundo você não tem mais para onde fugir. E a não ser que queira apanhar de cinco seguranças do lado de fora, sugiro sentar e começar a falar tudo.

— Você foi tão idiota... — Sentou novamente no sofá como se nada estivesse acontecendo — Caiu como um patinho quando eu disse que não tinha sido a Candelária —  finalmente a máscara havia caído, alí estava o verdadeiro Facundo — Mas essa parte foi verdade. Ela nunca fez nada. Bom, não diretamente.

Quando o destino quer - RuggarolOnde histórias criam vida. Descubra agora