Capítulo 31

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Na pressa de sair do palco no final do show, acabei não vendo mais a Karol. Imaginei que teria ido trocar de roupa e fui fazer o mesmo. Quando terminei, fui direto para o camarím dela encontra-la.

A porta estava aberta e Karol estava parada de costas para a minha direção. Ao chegar mais perto vi que algo estava errado. Ela e Chiara ainda usavam a roupa do show. Olhei para o lugar e estava tudo um caos. Percebi que Karol não estava bem e a segurei a tempo de não cair. Escutei ela falar meu nome antes de desmaiar em meus braços. Firmei uma de minhas mãos nas suas costas e passei a outra por suas pernas pegando-a no colo e a levei até o sofá do camarím.

— O que aconteceu aqui? — Olhei em volta novamente para a confusão que se instalava. Obviamente não foi apenas isso que fez a Karol passar mal e desmaiar — Ninguém vai me responder? — Me sentei colocando as pernas dela no meu colo retirando suas botas apertadas. Desviei os olhos dela e encarei os tres alí parados. Alan pareceu sair do pequeno transe que estava e pegou um pedaço de papel que estava caído em meio aos restos de girassóis e me alcançou —  "Che Cazzo" — Praguejei. Ao ler o que estava escrito meu coração se apertou no peito. Estavam nos ameaçando de novo e eu não fazia ideia de quem poderia ser tão cruel ao ponto de fazer algo assim.

— Ela ta acordando — Chiara gritou e eu senti Karol se mexendo ao meu lado.

— Hey… como ta se sentindo? — Acariciei seu rosto com delicadeza. Sem me responder, Karol tentou se levantar, mas pus a mão em seu ombro a mantendo onde estava — Calma, é melhor ficar um pouco deitada — Ela assentiu e percebi seus olhos lacrimejarem.

Depois de uns minutos ela se sentou devagar e Chiara lhe alcançou um copo d'água.

— Me leva daqui, Por favor… — Pediu baixinho.

Olhei para os demais e todos concordaram.

— Leva ela Rugge. A gente arruma tudo aqui! — Falou Chiara.

Me levantei pegando a bolsa da Karol com os pertences que Ale havia recolhido do chão. O celular dela tinha a tela trincada e algumas maquiagens estavam destruídas. Descartei as maquiagens e guardei o celular na bolsa. Ajudei Karol a se levantar e saímos deixando aquele caos para trás.

No trajeto até o estacionamento, por duas vezes tentei pegar na mão dela, mas ela desviou o braço para longe.

— Não faz isso Kah — Pedi — Não me afasta de você outra vez!

— Eu to com medo Rugge! O que essa pessoa quer da gente? Com toda a certeza não é a gente junto, e se para proteger as pessoas que amo eu…

— Não ouse terminar essa frase Karol!

— Eu não t…

— NÃO KAROL! Não vamos dar o que essa pessoa quer! Se fizermos isso, vamos perder o controle das nossas vidas pra sempre!

— E o que a gente faz? Fica esperando mais alguma coisa ser destruida? Ou acha melhor avisar nossos amigos para tomar cuidado? Eu não vejo muitas alternativas!

— Ei, Ei… tranquila, calma — A segurei pelos ombros fazendo-a olhar pra mim — Eu ainda não sei o que vamos fazer, mas o que sei é que não vou permitir que nada nesse mundo me separe de você novamente.

Quando o destino quer - RuggarolOnde histórias criam vida. Descubra agora