Quando o destino quer - Ruggarol

Capítulo 14

Karol

A reunião que eu tinha demorou quase a tarde toda. Isso que era apenas para resolver alguns detalhes de um contrato.

Cheguei em casa já era final de tarde. Só tomei um banho rápido e troquei de roupa colocando uma calça jeans, uma camisa branca de mangas e botões, e uma botinha de salto. Até pensei em colocar um tenis, mas decidi trocar pelo salto, até porque tinha que ir jantar com Chiara e Katja, e sair com elas significava não saber o destino final da noite. Parei na frente do espelho e soltei o cabelo da toalha, notei que ele havia crescido uns 15 cm desde a ultima vez que cortei. Fiz uma maquiagem leve nos olhos destacando apenas os lábios com um batom vermelho. Me olhei mais uma vez no espelho e me senti satisfeita com o resultado. Eu amava meu lado menina, que usava camisetas temáticas, calça de pijama e tênis. Mas eu também tenho o meu lado mulher que gosta de se arrumar e subir no salto. Me sinto linda de todas as formas.

As meninas haviam escolhido um restaurante local para jantarmos. Não era muito movimentado mas o ambiente era agradável e a comida incrível. Cheguei por volta da 20hs na noite e as duas já estavam me esperando em uma mesa mais ao fundo. Dei um sorriso quando Chiara me viu e fui até elas.

- Ainda não acredito que conseguimos nos encontrar - Katu falou depois de nos abraçarmos.

Sentei ao lado dela, ficando de frente para Chiara.

- Eu também não! - concordei e rimos juntas.

***

Ruggero

Depois da minha briga com a Candelária, eu não a vi mais. Saí do banho e ela não estava mais em casa. Por um lado me senti melhor com isso. Uma discussão no dia já era suficiente.

Voltei até o bar de ontem a noite e respirei aliviado ao ver meu carro ainda no estacionamento. Isso era sinal de que nem tudo tinha sido roubado ontem. Peguei a chave reserva que tinha levado e entrei no carro. Dei graças por ter deixado a habilitação e alguns cartões no porta luvas, dessa forma não fiquei totalmente sem documentos. Passei em uma loja para comprar outro telefone e aproveitei pra recuperar meu numero antigo.

Ja estava anoitecendo quando cheguei em casa novamente e não me surpreendi quando vi que Cande ainda não havia voltado. Era algo comum ela sair sem me dar explicações. O que me dava mais motivos para ficar irritado com fato dela ter me cobrado justo o mesmo mais cedo.

Decidi que não ia me permitir ficar preso a isso. Se ela não tinha a mínima preocupação em me dar notícias, estava na hora de eu tomar as rédeas da minha própria vida.

Mandei mensagem pro Agus perguntando o que ele ia fazer hoje a noite e ele me respondeu que iria jantar com a Katja e perguntou se eu queria ir também. Achei que era uma boa ideia passar um tempo com eles. Sempre foram bom companheiros de elenco e também bons amigos. Tomei outro banho e me arrumei.

Combinei de ir buscar ele pra irmos juntos ao restaurante e assim o fiz.

- Ta mais calmo? - Agus me perguntou assim que descemos no estacionamento do restaurante.

- Um pouco... - Respondi - Não é fácil a convivencia com a Candelária mas já tenho ideia do que devo fazer.

Agus entendeu o que quis dizer e me deu dois tapinhas nas costas. Durante nossa conversa por mensagens, lhe contei o que havia acontecido depois que ele me levou em casa. Mesmo eu tendo brigado com ele também, nós nunca deixamos de nos falar e eu sabia que ele estava certo em tudo que tinha falado.