Acordei em um quarto de hospital, ligado a uma dezena de fios e com uma enorme dor de cabeça. Depois de alguns exames O médico disse que eu ficaria em observação pelas próximas 24 horas e se tudo estivesse bem então eu poderia ir para casa.
O Agus passou por aqui para ver como eu estava e disse que eu tinha uma surpresa, mas não quis dizer o que era.
Depois que ele foi embora alguém bateu na porta e abriu. Achei que fosse um médico ou uma enfermeira mas quando consegui focar, tive a melhor visão do mundo.
— Posso Entrar? — Perguntou ainda parada na porta.
— Claro — Tentei falar, mas pelo nervosismo minha voz saiu mais como um sussurro.
Karol se aproximou da cama e sentou na poltrona ao meu lado. Segundos eternos de um silêncio constrangedor tomou conta do quarto até que ela pigarreou e tomou a frente.
— Como você tá?
— Tô bem... Com dor mas tô bem...
— Você quer que eu chame um médico ou algo assim?
— Não precisa, eu já tô sendo medicado e para falar a verdade, a dor no meu ombro não é nada comparado ao que senti ontem à noite. Perder você doeu bem mais.
— Rugge por favor agora não — pediu desviando o olhar.
— Desculpa, mas eu não sei se vou ter outra chance Karol, então preciso que me escute. Por favor...
— Eu já te dei tantas chances Ruggero, e em cada uma delas você traiu minha confiança. Eu só tô cansada de ser magoada.
— Eu sei, me desculpa por fazer você sofrer. Eu só quero me explicar, contar a verdade sem esconder nada de você... Se mesmo depois disso, você ainda não quiser me perdoar eu prometo manter distância e não procurar você, mesmo que para isso eu tenho que largar tudo aqui e voltar para a Itália.
— Você não precisa voltar para a Itália Rugge...
— Não me importo! Se precisar eu volto! Eu só preciso que me escute... Por favor...
Karol pareceu pensar por um instante e depois de um longo suspiro, assentiu. Sorri como um bobo e me sentei melhor na cama. Contei para ela tudo que tinha acontecido desde quando terminamos a última gira de Soy Luna e de como eu tive a ideia de me aproximar dela, e mesmo visivelmente desconfortável em me ouvir falar dessa parte, ela continuou atenta ao que eu falava. Quando terminei, ela tinha o rosto vermelho e molhado pelas lágrimas. Tomei a mão dela na minha e a minha esperança se reacendeu quando ela não se afastou como eu achei que faria.
— Me perdoa Karol, eu não posso dizer que não tive a intenção de te magoar porque foi exatamente isso que eu quis fazer naquela época, mas eu juro que me arrependi. Eu posso ter errado mas eu nunca menti sobre o que sentia por você. Eu te amo de verdade, e você pode brigar comigo, ir embora agora ou até me mandar mesmo de volta para Itália. Ainda assim nada do que eu sinto por você vai mudar. Vou continuar te amando.
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Quando o destino quer - Ruggarol
FanfictionO quanto o destino é capaz de intervir em nossas vidas para colocar o verdadeiro o amor em nosso caminho? Quantas vezes precisamos cruzar com essa pessoa para nos darmos conta de que temos que ficar juntos? Karol e Ruggero atuaram e cantaram juntos...