Capítulo 2

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Rugge

Esse ultimo ano tinha sido bem complicado pra mim. Muitos dos shows que eu tinha agendado foram realocados para lugares menores por a venda de ingressos ter sido baixa. Eu estava no meu limite e para ajudar Candelária estava me enlouquecendo. Na maioria da vezes ela saía para trabalhar como apresentadora ou para dar entrevistas e eu ficava em casa. Sempre tinha algo para arrumar. Isso não era pra mim, não era o meu sonho.

Hoje estava andando pela rua e vi um outdoor com algo que me chamou bastante atenção. Karol Sevilla iria fazer o encerramento da sua tournê no Luna Park. De certa forma aquilo me deixou triste. O sonho dela nunca foi ser cantora, esse sempre foi meu sonho! No entanto quem havia viajado pelo mundo fazendo muito sucesso tinha sido ela.
Sem pensar muito bem na ideia que passou pela minha cabeça naquele instante, peguei meu telefone e liguei para Martín, o produtor musical dela e pedi que me conseguisse um cartão de acesso vip. Ele estranhou o meu pedido mas disse que me conseguiria com a promessa que não contaria para a Karol. Era errado o que estava pensando, mas o que eu poderia fazer? Minha carreira desmoronava a cada dia e eu não via outra alternativa.

Quando chegou a noite, tomei um banho, fiz a minha barba e me arrumei da melhor forma possível. O lugar estava cheio mas ninguém me reconheceu, só não sei dizer se isso é algo bom ou ruim. Quando o show começou ela estava incrível. Como sempre a sua desenvoltura no palco era impressionante, assim como o carinho que demonstrava com os fãs. Em um dos momentos em que ela desceu do palco ela passou bem ao meu lado, mas estava tão concentrada que quando peguei em sua mão ela nem me notou.

Ao final do show esperei que todos fossem embora e fui até o camarím dela. Um segurança tentou me barrar mas Martín me ajudou liberando o acesso. Abrí a porta silenciosamente e a ví debruçada em cima da penteadeira. Me atrevi a chama-la e a mesma levou um susto ao me ouvir.

- O que faz aqui? - Ela me perguntou com um olhar confuso.

Daria tudo para saber o que passava em seus pensamentos, depois de tanto tempo sem nos vermos.

Quando o destino quer - RuggarolOnde histórias criam vida. Descubra agora