Capítulo 39

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Na manhã seguinte da nossa chegada à Itália, quando acordei, Karol já não estava mais na cama

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Na manhã seguinte da nossa chegada à Itália, quando acordei, Karol já não estava mais na cama. Percebi isso quando Estiquei o braço para abraçá-la e o lado dela estava vazio.

Coloquei minha calça de moletom e uma camiseta e segui as risadas que vinham da cozinha. A cena que presenciei era a coisa mais linda do mundo. Karol e minha mãe sentadas, com inúmeros álbuns de fotografias espalhados sobre a mesa, e os celulares nas mãos, tentando se comunicar. Enquanto minha mãe usava o tradutor e respondia à minha namorada em espanhol, Karol fazia o mesmo porém respondendo em italiano.

Era impossível não notar as diferenças entre ela e Candelária. Enquanto o Kah estava fazendo de tudo para conversar e conhecer a minha mãe, o máximo que minha ex fazia era me pedir para traduzir. Ela até aprendeu algumas palavras em italiano, mas quando eu não estava junto e ela não entendia, fingia não ter escutado e ignorava minha mãe. Eu sei disso porque meu irmão me contava.

Entrei na cozinha e dei um beijo na testa de cada uma.

« Obs. Na história as conversas entre o Rugge e a família vão ser escritas normais, mas lembrando que é como se eles estivessem falando em italiano e a Karol não vai entender pq ela não fala italiano»

— Bongiorno a Tutti.

— Bongiorno Figlio — falou minha mãe se levantando para me servir o café. Não que eu não pudesse fazer. Mas eu sabia que permitir que ela servisse o filho que ela não via há meses era algo que lhe deixava feliz.

— Bom dia meu amor  —Respondeu o Karol sorrindo.

— Caiu da cama hoje? — Perguntei puxando a cadeira ao lado dela e me sentando.

— Fuso horário — Justificou — Dormi demais no avião, no carro e depois aqui. Acabou que meu sono foi embora.

— O meu não — Me debrucei sobre a mesa e levei um tapa da minha mãe seguido de um olhar me mandando levantar. Enquanto eu passava a mão na cabeça no lugar atingido, Karol gargalhava rindo da minha cara — O que vocês duas estavam fazendo? — Perguntei por fim.

— Olhando fotos suas no banho — Karol parou de rir e virou para mim uma foto minha de quando eu tinha pouco mais de um ano, sentado dentro de uma banheira.

— Ah, essa todo mundo já viu. Postei ela uma vez — Tomei um gole do café que minha mãe alcançou. Era o mesmo que eu tomava em Buenos Aires, mas por algum motivo o dela sempre era mais saboroso. Nem o melhor frappuccino do Starbucks ganharia do café da minha mãe.

— Acho que essa você não postou  — Karol virou para mim outra foto tirada no mesmo dia, porém nessa eu estava em pé com minhas "partes" de bebê à mostra — Tão fofinho.

— Hei, Não é para você estar vendo isso! — Puxei a foto da mão dela — Mãe, porque tá mostrando isso para ela?

— Porque não estaria? Essa é a missão das mães, envergonhar os filhos em frente às noras.

Quando o destino quer - RuggarolOnde histórias criam vida. Descubra agora