Plans

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"I can't change your thoughts, my dear

I can't change your fears"

Forest fires - Axel Flovent

Michael P.O.V

Depois de discutir todo o plano com os rapazes, saio do escritório e vou tomar café, estranhando a falta de Amélie decido pedir à um empregado que passava pela cozinha com ferramentas de jardinagem se sabia onde estava.

- Ei, você. - aponto.

- Sim, senhor. Em que posso ajudar?

- Viu uma mulher ruiva passando por aqui mais cedo?

- Ah, a bela senhorita, sim, sim, eu vi.- franzo o cenho, mas deixo que continue. - Ela pediu onde tinha uma bicicleta por aqui e eu lhe disse onde, saiu pedalando pela estrada.

Ah, porra. Passo a mão no rosto, irritado.

- Se ela voltar antes de mim, diga que vou deixá-la de castigo. - falo, saindo da cozinha.

- Como assim senhor? - ele diz, confuso.

- É coisa de marido e mulher. 

Ele fica constrangido, maldito, deve ter flertado com ela hoje cedo. Controlo a vontade de esganá-lo e saio em busca dos caras.

Não preciso ir muito longe, estavam na entrada da casa.

- Ei, pega um carro, precisamos ir atrás da Amélie. - gesticulo rapidamente, com uma mão na cintura.

- Por quê? - Finn pede.

- Ela saiu de bicicleta por aí, sem nem conhecer nada.

- Ah, cara. - John bufa, apagando o cigarro. - Eu daria umas palmadas naquela bunda dela, só pra aprender.

- Aposto que daria. - reviro os olhos. - Pena que nunca vai passar do desejo. - imito um gesto de masturbação.

Arthur, Finn e Tommy dão risada.

Eles vão em um carro, vou em outro com o motorista de Tommy. Não foi preciso rodar muito até ver dois homens no chão, uma garota de vestido amarelo em pé e quatro homens armados, gelei. 

Poderia estar sendo sequestrada por Billy Kimber, eu sou um idiota mesmo, devia ficar mais de olho nela.

Paramos bruscamente e desço com rapidez pra fora do carro, chamando seu nome e lhe tocando protetoramente. Acaricio levemente uma bochecha, avermelhada e com marcas de dedos, a raiva cresce.

Quando dei por mim, já estava atirando em todos, que aprendam a não encostar no que é dos Peaky Blinders. Entramos no carro e voltamos pra mansão.

Eu volto para o escritório, com intuito de mostrar ao Tommy os problemas que constatei nas contas. 

Refaço cada cálculo com ele, e percebo que cada vez que a conta não bate, Thomas Shelby tem vontade de bater em alguém.

- Precisamos acabar de uma vez com Pierre e Billy Kimber. - ele parece sério.

- Acha que isso tem ligação com eles?

- Sem sombra de dúvida. - ele se vira pra mim, sério, com os papéis em mãos. - Quais as chances de isso ser responsabilidade da sua mulher, Michael?

- Nenhuma.

- Tem certeza? - um olhar mortal e gélido está duramente formado.

- Absoluta, esses documentos e o dinheiro estão sempre trancados no escritório, Amélie nunca entrou lá, e nunca demonstrou interesse de entrar. Ficam na minha mesa e a chave do cofre está em um lugar seguro.

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