A place to call home

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¨But I just want you to be sure
That I'm yours¨

Your -Ella Henderson

Amélie P.O.V

Os dias passaram rápido enquanto trazíamos as poucas coisas que achamos necessárias da antiga casa, agora passada para Finn, que merecia um lugar só seu. 

As coisas na família Shelby funcionam assim, se você não usa, não vende, dê ao próximo parente. Nossa casa era de Polly, como não a venderíamos, demos à Finn, era só uma das várias propriedades que descobri serem de nossa posse.

O nome da propriedade era Manoir de Contres (N.A/ é atualmente um hotel na França), gostei do charme francês no meio da pequena Birmingham. Vamos inaugurar a casa oficialmente neste sábado, convidamos toda a família e amigos, incluindo os Rinaldi.

Orianna e eu nos aproximamos depois do jantar inocente que dei com intenção de empurrar John para ela.

Flasback - Noite do jantar

- Isso mesmo, não deixe o molho ficar muito consistente, tem que ser suave e perfeito. -comento, experimentando-o da colher. 

Saio para a sala de estar, onde estão Tommy e Grace, Arthur e Linda, eu e Michael, John e por último, mas não menos importante, Orianna. 

Todos riam de algo que Arthur acabara de falar, sorrio, me sentando ao lado de Michael e servindo a mim mais uma taça de vinho. Viro para ela, que aperta os lábios e sinaliza John com o canto dos olhos, pisco divertida. 

- E então John, só falta você, quando é que pretende casar? - cutuco, como quem não quer nada, ajeitando de leve os cabelos e levando a taça de vinho à boca.

- No dia em que casamento não for tão complicado! - devolve, soltando a fumaça do charuto pela boca, para rir em seguida.

- Casamento é complicado? Duvido muito. - Orianna pega a deixa, inclinando em sua direção. -São as pessoas quem complicam tudo, onde um não quer, dois não brigam. - pisca, sensual.

- Mulher boa é aquela que só obedece. - solta John, divertido.

- Concordo. - reforça Arthur, sob o olhar mortal de Linda. 

- Pois então nunca poderia se casar comigo, eu mando, e mando muito bem. - responde Orianna, cheia de malícia, a qual John entendeu pois deu uma piscadinha de canto, quase imperceptível, se todos não estivessem muito focados na conversa dos dois.

- O jantar está servido. - entra Josephine, anunciando.

- Vamos comer então família! - exalta Tommy, meio alto pelo Whisky irlandês.

A comida estava deliciosa e a conversa também, nos divertimos muito e, lá pelas tantas, John estava tão bêbado, ou era assim que gostaria que pensássemos, que anunciou não estar em condições de ir para casa sozinho, como Tommy deu carona à Arthur e Linda, não sobrou espaço no carro pra ele. 

Concordei em acomodá-lo em um quarto de hóspedes, ao lado do de Orianna, planejadíssimo, e fui me deitar, Michael estava desmaiado na cama havia quase uma hora. 

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