Violence

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"But you're a villain

Your sins un-forgiven"

River of Tears - Alessia Cara

Amélie P.O.V

O jantar terminou em clima de festejo, todos saborearam a refeição e deram os devidos cumprimentos, fiquei grata pelo reconhecimento. Eram engraçados eles, os Shelby's. Reconheci os homens que havia visto na hora de nossa recepção, os que estavam fazendo gestos. Arthur, Finn e John. Finn era galante e John deveras charmoso.

Céus, esta família tinha homens de tirar o fôlego, Arthur era engraçado, mas esquentado, todos trocamos breves palavras e digo que aprenderia a gostar de viver aqui se me apaixonasse por Michael.

Michael...

Que homem, uma áurea de tensão e flerte pairava sobre ele, me olhava de vez em quando, analisando, devorando...

Será que poderia ter me casado com ele naquela cozinha? Por favor?!

Pular para a parte boa, aprender como funciona o sexo, tão proibido e delicioso.

Ok. Não estou aqui há um dia e já quero que ele entre em minhas calcinhas, isso é tão errado, mas tão gostoso. Fico divagando nos momentos em que ninguém está perto de mim em como seria seu beijo, vê-lo nu, seria másculo, bruto, ou doce e gentil? 

Talvez o que torne tudo tão excitante seja exatamente o desconhecido e o sentimento de ansiedade. Eu queria muito me apaixonar por Michael, mas parecia apenas o mais puro desejo carnal.

Quando todos já estavam altos, decidiram debandar para seus lares, papai e mamãe combinaram de me deixar aqui por uma semana, para que eu "decidisse". 

Na verdade, tenho consciência plena de que se papa me dá a ilusão da escolha, na verdade não tenho alguma. Ele já havia se decidido, e isso era um espinho em meu coração, no fim das contas, Aidan estava certo.

Seria eu apenas um objeto? Uma mercadoria? Esse espinho fincou-se fundo, envenenando uma pequena área nebulosa dentro de mim. Foi um sentimento desconhecido e que me deixou amuada.

Polly me leva até o quarto no qual ficarei, e me ajuda a organizar as coisas para que estejam de meu agrado. Não deixo que ela faça muito esforço, exigindo que ela fosse se deitar e que terminaria sozinha pela manhã, mas insistiu tanto que terminamos meia hora depois de começarmos.

A criada veio e preparou meu banho, e achei estranho que não ficou para me auxiliar, os ingleses eram diferentes.

Ao terminar, coloquei minha camisola e robe de seda, o tecido era de cor verde menta suave, o robe era negro. Passei um creme e borrifei perfume, gostava de sentir o cheiro de jasmim e seu frescor. Não estava com sono, mesmo consciente de que era tarde, por isso, decidi ir até a sala de leitura e pegar algo para ler até que me sentisse cansada o suficiente para ir me deitar.

Caminho passos silenciosos e ao entrar no cômodo, vejo a lareira acesa, mas ignoro, indo reto para as prateleiras, divagando entre alguns títulos ali e acolá, até que um deles me chama atenção, um romance sobre amor impossível, seria divertido de ler, um bom passatempo.

Começo a leitura e, absorta nas palavras, caminho até a poltrona, sem consciência da presença de Michael, até que ele pigarreia e me assusta.

Levo a mão ao peito após um pulinho no meu lugar, pensando em como Deus queria me matar do coração com isso, olho para ele e fico corada, mais uma vez... devorador, sem dó nem piedade, me despia com os olhos e então ele tira o cigarro dos lábios, soltando a fumaça, e passando a língua no canto superior deles, fico levemente excitada, de boca entreaberta, que homem... eu já disse isso?

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