Forced Marriage ✔️

The Ball

"And there's an old man sitting on the throne

That's saying that I probably shouldn't be so mean"

Castle - Halsey

Amélie P.O.V

Só de calças e eu de camisola, descemos, ambos armados. 

Ele se posiciona em minha frente, com o braço pra trás, quase me afastando. Ao chegarmos no pé da escada, Josephine - a governanta - está na metade do caminho. Ela nos nota e vê as armas que empunhamos, fica branca, Michael põe um dedo no lábio, sinalizando silêncio.

A campainha toca novamente, estamos na porta.

- Quem é? - diz ele.

- Abra logo essa porra de porta moleque! - reconheço a voz.

- Pierre, olha os modos. - ralha uma mulher.

Bufo, tomando a frente, ainda de arma em mãos. 

Abro a porta, e quem está ali são meus pais. Mamãe arregala os olhos ao me ver com uma pistola em punhos, ficando ainda mais boquiaberta com minha roupa para atender a porta, ao mudar o foco, vê Michael também no mesmo estado, ela fica roxa de vergonha.

- Foi assim que te ensinaram a abrir a porta?! Nua e armada? Que desgraça. - dispara meu pai, com a face avermelhada. - Parece uma puta!

Abro a boca para responder, mas Michael toma a dianteira, colocando um roupão seu sobre meus ombros, ainda de peito nu. Ele passa o braço em minha cintura, e põe a mão com a arma no topo da porta.

- Não esperamos visitas essa hora da noite, sabe como é. No meio de algo interessante a última coisa que usamos são roupas.

Minha mãe parece morta, meu pai está pronto pra se juntar à ela.

- Entrem meus sogros, Josephine vai preparar um quarto pra vocês.

Ambos passam pela porta mudos, tanto eu quanto Michael reparamos que Josephine não os olha, apenas meneia a cabeça.

- O baile vai ser amanhã, então como já está tarde, se não precisarem de algo, vamos pra cama. -continua. - Sintam-se em casa.

Sorri e me guia novamente para o quarto, trancando a porta ao entrarmos. Ele apenas põe um dedo em riste, pedindo silêncio, apaga as luzes e me leva até o closet.

- Você sabia disso?! - sussurra.

- Não!

- Dorme com a arma embaixo do travesseiro.

- Vou matar você com ela durante o sono se fizer isso.

Ele faz uma careta.

- Mata nada. - sai do closet, apertando com firmeza em meu traseiro ao me deixar pra trás.

- Seu tarado! - grito alto, ofendida.

- Por você meu amor, tudo por você.

- Por mim e toda Inglaterra, seu vagabundo. - falo pra mim mesma ao voltar para a cama.

Dormimos e a noite passou em um piscar de olho, acordamos e não trocamos uma palavra, hoje era o grande dia. O baile havia chegado, e fico trêmula sobre como as coisas vão correr.

Precisa dar certo.

Vou para o salão, passando a manhã ganhando tratamentos de beleza.

Na hora do almoço, Grace, Polly, Esme, Ada e Linda aparecem para irmos à um restaurante juntas. Vamos à um lugar reservado e elegante, uma mesa já estava preparada.