Sexual appeal

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"You watch me bleed until i can't breathe

Shaking, falling onto my knees

And now without your kisses

I'll be needing stitches"

Stitches - Shawn Mendes

Amelie P.O.V

Quando a festa acabou e fomos pra casa, pedi ao Michael qual quarto poderia me acomodar até o fim dos nossos planos, ele pareceu confuso a princípio mas disse que divorciadas não dormem junto ao ex. 

Visivelmente chateado, disse que ia ele pra outro quarto.

Estou cansada de ser a esposa, agora ex, troféu. Decidi que pediria um emprego para Tommy, nem que fosse como faxineira.

Dormimos essa noite em quartos separados e confesso que foi duro pra pegar no sono sem seu calor e o tranquilo ressoar, o perfume de Michael estava impregnado nos travesseiros, o que não ajudava. Acordo cedo e coloco um vestido justo preto e um casacão com peles caramelo, a primavera enganava, uma hora era frio e outra quente, amasso levemente o cabelo para lhe dar ondas suaves, um batom e estava pronta, desci e me sentei para tomar café, ele veio em seguida, estranhando o visual.

- Vai onde?

- Para empresa, preciso falar com Tommy.

Não trocamos mais uma palavra, ao chegar na empresa, Michael foi direto ao escritório e eu até John.

- E aí porquinha. - sorri, me abraçando.

- Oi porquinho. - devolvo o gesto, carinhosa, dando um puxão leve em sua bochecha.

- Quê veio fazer aqui toda enfeitada? - pede, curioso, analisando de cima à baixo, mãos nos bolsos.

- Vim pedir um emprego ao Tommy, vou ficar louca se continuar em casa. - cruzo os braços, fechando a cara.

John ri.

- Ele tá na sala dele, pode ir. - indica.

Pisco e vou, batendo e esperando para entrar. Ao ouvir sua autorização, coloco a cabeça pra dentro, e sorrio.

- Ah, Amélie. Entre.

Faço isso e me sento à sua frente, mexendo incansavelmente as pernas.

- Qual o motivo da visita?

- Bom, eu tenho diploma da faculdade e estou ficando louca em só ficar em casa... - começo, como quem não quer nada. - Queria saber se não tem chance de você me dar alguma oportunidade...? - encolho os ombros, olhando para o teto.

Tommy recosta na cadeira, balançando a cabeça.

- Claro, por quê não? - bate na mesa, sorrindo. - Pode começar hoje se quiser.

- Perfeito! - exclamo. - Qual vai ser a vaga?

- Assistente do Michael. - minha animação murcha visivelmente, se Tommy notou, não demonstrou. - Ele anda atolado nas coisas e já íamos contratar alguém mesmo, melhor se for família, não é?

Concordo, sorrindo fino.

- Sua mesa vai ser a que não está ocupada na sala dele, pode ir.

Me levanto e vou, de passos lentos e arrependidos.

Entro na sala e Michael parece surpreso.

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