That's what Devil's do

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"And everytime, everytime you go

It's like a knife that cuts right through my soul"

Only Love Can Hurt Like This - Paloma Faith

Michael P.O.V

Hoje era o dia do baile, todos estávamos cientes da execução do plano, nada poderia dar errado.

Fico o dia na companhia enquanto Amélie está se arrumando toda, plenamente consciente de quanto isso iria me custar, coloquei quinhentos dólares e algumas libras na carteira. Almoço no escritório mesmo, estava atolado em papelada, e confiro no relógio a hora certa para buscar Amélie e levá-la ao salão de novo, estava almoçando com as mulheres.

Quando vou buscá-la, ela está estranhamente calada e arredia, e aquela distância acabava comigo. O que é esse sentimento que está despontando em meu peito?

Volto para o escritório e fico nele até metade da tarde, quando finalizo tudo e vou para o barbeiro, precisava cortar o cabelo e fazer a barba. Chamo John para me acompanhar, precisava discutir alguns acordos financeiros que ele queria fazer.

Ao chegar, nos sentamos nas poltronas livres para esperar, acendo um charuto e pego um jornal que estava na mesa, procurando ocupar o tempo, John faz o mesmo, porém tira do bolso uma caneta, devia estar na sessão de apostas.

Os homens não notam quem somos.

- Aquele tal Thomas Shelby se acha mesmo, só por quê tem um irmão maluco que faz todo trabalho. - ri o homem que está na cadeira do barbeiro, um amigo seu estava ao meu lado e John, ele concorda, gargalhando.

- Ninguém tem medo dele, é um viadinho. - debocha o amigo.

Troco olhares com meu primo, seu anel do mindinho reluzia enquanto dobrava o jornal, nos levantamos. John coloca o jornal embaixo do braço, cruzando as mãos, o charuto entre dentes. Eu dobro o jornal no meio, e seguro o charuto entre os dedos, pigarreando.

O barbeiro nos nota, e empalidece, mesmo não tendo dito uma palavra sobre Tommy, ele sabe o que pode acontecer.

Caminho até o lado do homem, que estava de olhos fechados, a espuma de barbear recém passada no rosto. Seu amigo tentou se levantar e falar algo, mas John o empurrou de volta, ficando em sua frente, erguendo parte do casaco que revelava sua arma.

- Por qual motivo parou de me barbear?! Não tenho o dia todo. - ralha.

Ergo a mão e bato na ponta do charuto, fazendo cinzas caírem nele.

- Que porra! - berra, sentindo a dor da brasa. - Mas o quê... - emudece ao ver quem era.

- John, você acha o Tommy um viadinho? - pergunto, arqueando as sobrancelhas.

- Não primo, você acha? - devolve ele, se balançando levemente pra frente e pra trás.

- Não. - dou risada. - Mas nosso amigo aqui acha. Qual seu nome campeão? - meneio.

- R-robert.

- Robert. - repito. - Veja bem Robert, nós somos família, entende? - junto o polegar e o indicador próximo de sua face. - Se deixar que você fale assim, vão pensar que não ligamos pro que pensam de nós. - olho para John, abrindo os braços.

- Concordo plenamente primo.

Antes que o homem possa entender algo, bato com o jornal em seu rosto, agarrando-o em seguida.

- Escuta bem, seu filho da puta. Eu só não te mato hoje por quê esse terno é novo e custou uma fortuna, seu sangue nele é um desperdício. - ameaço, com dedo em riste à sua bochecha e o charuto próximo de seu olho. - Peça desculpas, agora, e deixamos vocês dois irem.

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