Secrets

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"I had all and then most of you

Some and now none of you

Take me back to the night we met"

The Night We Met - Lord Huron

Michael P.O.V

Acho que chegamos em um ponto que a merda já bateu no ventilador e espirrou pra todo lado.

É, Tommy contratou minha ex-mulher para trabalhar comigo, e ela fez questão de tornar isso um inferno. Tem uma tensão sexual constante no ar, embora não conversemos além do necessário, aquelas roupas... porra, ela fica gostosa demais nelas. Tudo que consigo imaginar é sobre como queria fodê-la em todos os cantos dessa sala.

Metade do dia eu passo pensando nisso, na outra tentando não melar as calças só de ter imaginado isso.

Em casa fica ainda pior, seu maldito perfume está empesteado em toda porra de cômodo que entro, dormir sozinho é um desafio que só consigo cumprir caso tome meia garrafa de Whisky.

Toda porra de dia é assim.

Ah, sem falar da maluca da Charlotte, que mesmo sabendo que me casei, fica me ligando. Só Deus sabe como a mesa aguentou a porrada que ela deu na mesa quando entregou o papel com o recado da Charlotte. Quase me borrei todo, sua expressão era a própria definição de "vou te matar enquanto dorme , imundo". 

Um dia, ela chegou usando um vestido extremamente sensual, e eu sabia que era pura provocação. Eu a via me fitando de maneira sugestiva o tempo todo, e quando já estava de pau tão duro que poderia rasgar a calça se continuasse sentado, fui até a porta e coloquei a placa de não perturbe, trancando-a em seguida. Parei ao pé de sua mesa, encarando-a de forma doentia.

Olhei para baixo e sei que ela acompanhou até onde os meus olhos pararam, subindo novamente travados aos meus.

Andei até estar de frente pra ela, que virou a cadeira de forma sutil e com um olhar quase debochado. Em um tranco eu a arranquei daquele assento e a joguei por cima da mesa, rasgando sua lingerie enquanto ela jogava os papéis e objetos no chão. Os movimentos eram ritmados e fortes, eu não dava pausa para que ela descansasse e sentia suas unhas se afundando em meu pescoço de forma dolorosamente boa. Quando ela estava prestes a chegar ao ápice, me afasto e coloco as mãos na cintura.

- De joelhos.

Ela engole em seco, nunca havíamos feito isso antes.

- Eu mandei você ficar de joelhos. - minha voz soa rouca e áspera, e pego em seus cabelos enquanto a guio para fazer o que eu queria.

Não houve um protesto sequer de sua parte, pelo contrário, havia um brilho de excitação em seu olhar, e eu não aguentei por muito mais tempo, completamente louco por aquela cena. Ainda mais quando ela, mesmo que de forma inexperiente, engoliu tudo de uma vez só.

- Quero te levar pra jantar hoje à noite. - disse, arfando enquanto me encosto na beirada da mesa e acendo um cigarro.

- Desculpe, vou sair com o John. - respondeu, terminando de se arrumar e voltando a trabalhar como se nada tivesse acontecido.

Isso me faz pensar sobre ela e John, eles estão cada dia mais próximos, e eu odeio isso. Vê-los convivendo em harmonia me dá uma inveja sobrenatural, queria estar no lugar dele, eles almoçam juntos, bebem juntos, sabe-se lá que merda mais fazem juntos, não duvido se um penteia o cabelo do outro.

Um mês infernal, apenas.

Em casa, vejo cada dia mais evidências do óbvio, ela está começando a deslizar, encontro alguns papéis sutilmente fora de ordem. Estou esperando o momento certo de atrair ela para uma confissão.

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