¨And it's eating me alive
I keep dying for you baby¨
Pray - JRY, RuthAnne
Amélie P.O.V
Por qual motivo foram eles os escolhidos?
Simples. Tommy, Arthur e John já haviam servido ao império, e toda família tinha obrigação de serviço por parte dos homens, nenhum escapava.
Foi como levar um soco, ver o carro que os levava dobrar a esquina. Imediatamente minhas pernas fraquejaram e John teve que me amparar, impedindo que o chão me encontrasse.
Sou levada pelo por ele até em casa em um silêncio triste.
- Eu sei que é difícil Amélie, mas ele vai voltar, o Michael não está sozinho e é muito inteligente, fique firme, pelo bebê. - John coça a mão, evitando, tanto quanto eu, de pensar no pior.
Concordo com ele de forma mecânica, sem de fato escutá-lo. Me despeço e vou para o quarto, arrastando o corpo com um esforço inumano até a cama. Ao me deitar, tudo que quero fazer é chorar, mas eu não consigo, aquele bolo fica preso e se nega de sair.
Aos poucos o sono chega e como se fosse um piscar de olhos ele se vai também, revelando o sol por entre as cortinas leves e dançantes.
- Madame, venha comer, por favor. - pede Josephine com voz baixa e triste, me observando da porta do quarto.
Sem resposta, ela continua ali.
- Ele vai voltar senhora, tenha certeza disso. - soa compreensiva, se sentando ao meu lado na cama enquanto direciono meu olhar para ela.
- Como sabe disso Josephine? - suplico, rouca.
- Por quê ele é forte, e apesar de não amar muitas coisas, ama você e o filho dele. - sorri, calorosa, como uma mãe. - E isso é tudo que um homem precisa para voltar.
Fecho os olhos, internalizando suas palavras, fazendo delas um mantra para sair da cama. Desço e tomo café, comendo pouco e desgostosa. Apesar de saber dirigir, quem sempre o fazia era Michael, e por isso doeu ao partir para a companhia sem ele.
No momento que piso no escritório, antes que o restante dos Shelby's chegassem, vou até sua mesa e inspeciono a papelada sobre ela, o que falta acabar e o que já estava concluído, iniciando meu primeiro dia sem ele.
Próximo ao horário de almoço, a porta se abre e por ela entra Tommy, pasmo ao me ver ali sentada.
- Você deveria ir pra casa Amélie. - aconselha. Thomas Shelby é um homem de poucas palavras. Por mais que você não veja a emoção emergir em seu rosto, suas ações passam a impressão que elas deveriam ter. - Vá descansar, a companhia não irá à lugar algum.
- Não. - respondo firme. - Ir pra casa e lembrar a cada segundo dele... - engasgo, tentando manter a postura. - Só vai me deixar louca. É aqui que preciso estar, tomando conta das coisas. - volto a fazer cálculos, dando por encerrado o assunto.
- Só pense no bebê também. - é sua última palavra antes de sair.
É absurdo para mim a ideia de ficar zanzando pelos cômodos e lugares na propriedade em que tivemos bons momentos juntos, do verão ao outono, o inverno chegava e com ele nosso filho, sem meu marido. Assumir a parte contábil integral da Shelby Brothers Inc. nunca me pareceu algo absurdo, só não imaginava fazê-lo sozinha.
E desse jeito foi, um dia após o outro, até que completasse um mês desde que Michael partira.
¨Para meu querido e amado Michael.
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Forced Marriage ✔️
RomanceRomance, tragédia e vingança. Essa é a vida de Amélie hoje. No final, as coisas sempre fogem do controle de quem mais o deseja ter. Peaky Blinders e seus personagens não me pertence, porém a ideia e todos os personagens originais sim. - Iniciada no...