Capítulo 15

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— Luiza, ele vai ficar bem. Cuidaremos dele. — dizia Raphael que estava cada vez mais próximo dela. — Renato ficará bem. Cuidaremos dele. — repetia.

— Ele tem se desgastado muito com o projeto.

— É mesmo um grande homem.

Desde que Alberto voltou para Brasília, Raphael se chegou muito mais à Luiza, Ricardo e ao pequeno Hugo. Ia frequentemente à nossa casa e ajudava Luiza com todos os pormenores. Certo dia foram sair juntos. Raphael os levou ao parque de diversões e passaram o dia inteiro juntos. Eu assistia a tudo isso com muito ciúme e revolta. Eu tentava controlar meus sentimentos, mas o maior problema não era ela se chegar a outra pessoa ou até casar com outro homem. Não! Eu queria ela feliz. O problema era que ela chegava-se mais a Raphael.

Enquanto eu acompanhava essa cena, Leonardo chegou, pegou em meu ombro e disse:

— Não te acanhes. Por ora ele não está fazendo mal nenhum a ela, pelo contrário, está ajudando bastante.

— Ele, ele... — fiquei sem palavras — entendo.

Raphael assumira praticamente todas as lojas e Luiza ficava em casa. Aos fins de semana ele frequentava lá em casa ou os levava para sair.

Renato era ainda bem presente, mas Raphael não gostava tanto da presença dele lá.

Ricardo o via como um tio mais presente que Heitor, meu irmão. O via como um exemplo e tentava copiar um pouco seu jeito excêntrico.

E Hugo, ah, pequeno Hugo, ainda não entendia muito, mas era amado por todos à sua volta.


A HISTÓRIA DE UM OUTRO ALGUÉMOnde histórias criam vida. Descubra agora