— O que Alberto falou, Luiza? Ele juntar-se-á a nós ? — perguntou Raphael sorridente e agradável.
— Não sei. Ele disse que iria pensar, mas este fim de semana teve que viajar.
— Precisamos dele. Sei o quanto será importante para a loja.
Luiza concordou. A loja não faturava muito mais e o sonho de reformular todo o local de apoio ao pessoal de rua ia se distanciando.
Sua renda diminiu consideravelmente, agravando-se mais com os golpes que Raphael dava na hora de lhe passar o dinheiro. Ela voltou a dar aulas de filosofia, poucas vezes, ajudando um pouco na quantia total.
— Luiza, sinto muita saudade de vocês, sabe. Precisamos dar uma festa. Só os integrantes da loja e alguns dos amigos mais próximos.
Luiza confiava mais em Raphael e sentiu-se animada.
— Concordo. Temos que animar. Vamos ver se Alberto aceita trabalhar conosco, podia já ser um motivo de comemoração.
— Ideal.
Raphael comunicou Estéphane e Rômulo da referida festa. Expôs o desejo de pedir Luiza em namoro num discurso.
— Deixa de ser idiota, Raphael — dizia Estéphane — você já tentou se chegar a ela e ela não quis. Agora precisa ir com calma e conquistando a confiança dela.
Rômulo e Estéphane trabalhavam como psicólogos numa clínica particular que abriram juntos. Tinham muito sucesso, mas o que faziam lá era condenável. Na maioria dos tratamentos que faziam, principalmente em crianças, tentava influenciar elas para sua crença de ódio e liberdade carnal. Muitas vezes eles conseguiam plantar uma semente do mal no coração puro das crianças, principalmente as que já vinham inspiradas negativamente de vidas passadas. Sua ideia era divulgar a doutrina que seguiam através de algumas pessoas, as que se adaptariam melhor pelo tipo de personalidade que eles iam conhecendo.
Eles tratavam sim o problema que os pacientes tinham, mas deixavam, às vezes, esse problema psico/espiritual.
Algumas crianças se mostravam mais rebeldes, outras com atitudes que transpareciam maldade
Muitas delas voltavam, quando os pais mais atentos percebiam a mudança de atitude e com isso os dois ganhavam mais dinheiro por um novo tratamento.
Usavam a hipnose para cuidar de seus pacientes, no entanto, usavam ela também para deixar o mal em suas cabeças.
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A HISTÓRIA DE UM OUTRO ALGUÉM
SpiritualQuantos de nós não chegamos ao ponto de sentirmo-nos cheios? Isso mesmo, cheios, saturados, cansados, sem tempo, dinheiro ou ideias? Existe um momento em nossas vidas que estamos buscando nossa base, nossa estrutura e é exatamente neste momento que...