Os trabalhos começaram quando o pastor conseguiu um patrocinador de mais peso.
O local seria fechado momentaneamente e quem estava sendo tratado, poucas pessoas, foram transferidos para uma clínica aliada. Demoraria mais de 1 ano para acabar tudo do jeito que o pastor havia planejado.
Nesse meio tempo, Alberto sentia-se mais confortável, já que não precisava mais olhar o projeto. Ia às vezes ajudar na obra, mas nada demais.
Há tempos ele não ouvia falar de Estéphane, Rômulo e até Raphael mesmo. Também ele e Luiza ficaram decepcionados com a falta de indícios para achar o meu assassino e o de Yasmim.
Uma paz reinava na vida de Alberto e o sucesso ia só aumentando.
Já sentia por Mariana uma amizade forte e só isso. Ela ia se dando bem na loja e tentando fazer seu trabalho de recuperar meninas da prostituição, mas até o momento não havia conseguido.
Alberto foi chamado para um "motirão" de limpeza numa praia de Sepetiba. Ele não conseguiu chamar ninguém, já que foi de última hora.
Chegando lá viu uma equipe do Ibama atuando como voluntário, fora do horário de expediente e sua surpresa foi grande ao ver Isabel como organizadora da ação.
Isabel, a menina de Brasília que ajudou Alberto em alguns momentos, estava ali no Rio de Janeiro, com a roupa do Ibama e por "coincidência" eles haviam se reencontrado.
Alberto viu ela ainda mais bonita que antes, mais mulher, mais postura.
Lembrou-se de quando admirava seu corpo desenhado e seu sorriso contagiante. Agora ali, ainda mais atraente.
— Isabel? É você mesmo?
Ela olhou com um sorriso encantador.
— Você é o Alberto que irá nos ajudar? Não acredito, que coincidência...
— Acho que é o destino.
Ela ficou sem graça. Abraçaram-se e ficaram um bom tempo conversando.
— Que saudade! Nossa, você tá no Ibama é?
— Sim. Vim para o Rio por esse concurso. Estou realizando um sonho nesta profissão.
— Caramba! Parabéns! Então está morando no Rio?
— Sim, sim, no Méier.
— Que legal! Vamos sair qualquer dia. — falou espontaneamente, mas ela entendeu como algo mais sério.
— Vamos! Pode ser. — disse.
— Ok, a gente marca. Passe seu celular.
— Claro.
Eles fizeram o trabalho e já marcaram pro próximo final de semana.
Alberto nunca a viu realmente arrumada, apenas com roupas mais de trabalho manual. Quando chegaram no barzinho no Baixo Méier que marcaram para se encontrar, Alberto se impressionou com um leve decote, cabelo solto, morena de mechas loiras e uma saia preta. Quando a cumprimentou, viu que ela estava bem perfumada.
— Nossa! Você está linda. — disse ele.
— Muito obrigada.
Os dois sentaram—se e pediram uma cerveja de 600 ml.
— Conte—me, há quanto tempo está aqui?
— Oito meses só.
— Parabéns por ter passado no concurso.
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A HISTÓRIA DE UM OUTRO ALGUÉM
SpiritualQuantos de nós não chegamos ao ponto de sentirmo-nos cheios? Isso mesmo, cheios, saturados, cansados, sem tempo, dinheiro ou ideias? Existe um momento em nossas vidas que estamos buscando nossa base, nossa estrutura e é exatamente neste momento que...