**** OBRA CONCLUÍDA ****
O mundo que você conhece se foi, ruiu, desapareceu... E então no lugar o meu surgiu, cresceu e se estabeleceu.
Enquanto sua história se iniciou com vida e evolução, a minha vem da morte, invasão e destruição.
Enquanto sua...
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Corremos por dois dias, parando apenas para beber água e comer alguma coisa, não havia abrigos disponíveis e o tempo fechado impediu que o sol se mostrasse, chovia ocasionalmente e começamos a notar que era apenas um prelúdio para a tempestade que logo viria.
Passamos por três ruínas sem teto, alguns veículos abandonados, sem janelas, e até uma nave vampira destruída, que tinha mais vegetação dentro do que fora. Até tentamos ver se era possível passar o dia nela, mas alguns animais peçonhentos nos desencorajaram. Estava forrada de cobras! Nem queria ver se havia mais algum tipo de bicho lá dentro.
O que me preocupava era o fato de ter entrado na parte montanhosa do caminho, desde a nave vampira destruída. Isso indicava que dois terços do percurso já se fora. Em mais três dias, quatro no máximo, estaria no meu destino final. Ainda não estava certa de confiar em Zamask para revelar tanto.
Depois de uns bons vinte minutos de corrida por uma subida considerável, com a chuva começando e quase que instantaneamente aumentando para um temporal, encontramos uma velha mina abandonada.
A mina tinha sinais de que fora usada pela última vez já há algum tempo, meses no mínimo. Zamask verificou o interior para espantar animais selvagens que por ventura estivessem ali, mas não encontrou nenhum. Empurrou uma grande rocha, que nem três humanos juntos poderiam arrastar, e fechou a entrada da mina com ela.
Usei os bastões de luz para nos guiar dentro dos túneis e acabamos nos estabelecendo depois da primeira curva do túnel de entrada, não muito longe dele na verdade. Onde Zamask já encontrara um espaço maior que poderia ter sido um alojamento pelos panos velhos que encontramos no local, havia até os restos de um cobertor sujo. O lugar era grande o suficiente para que pudéssemos descansar com conforto, caso tivéssemos pertences para tanto.
Pegamos vários pedaços de madeira nos túneis e acendemos uma fogueira, perto da entrada daquele espaço. Ainda não havia amanhecido, mas estávamos molhados, cansados e meio congelados.
Apesar de ser verão, este ano infelizmente, o calor não estava em alta como achei que estaria. Tirando a chuva agora torrencial, parecia outono, pela temperatura. Mesmo assim ainda peguei o casaco dele, pois não suportava mais o cheiro daquilo e decidi desperdiçar um pouco da barra de sabão lavando-o. Zamask me ajudou e ainda lavamos as roupas sujas na minha mochila do último banho e alguns dos panos velhos que encontramos, para podermos utilizá-los.
Eu não pensaria em tais superficialidades domésticas, mas ele saiu na chuva de novo e voltou com um grande ramo de folhas encharcadas que usou para varrer o pó do lugar e tirar as teias de aranha que pendiam de todos os lugares do teto escavado na rocha.
Colocamos algumas dessas peças, o cobertor, meu casaco e minha camisa de botões em algumas pedras perto do fogo para secar. Então enrubesci quando vi Zamask tirar a camiseta, as calças, meias e botas, ficando apenas de cueca boxer. Ele estendeu tudo para secar e se sentou ao meu lado, sobre um pedaço de pano velho que não deixou para secar.