Capítulo 21 - De Volta aos Humanos

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Ao anoitecer estávamos na nave, mas antes que meu pai ligasse a ignição, tirei a peça que ainda estava em minha mochila e consertei a nave, surpreendendo a todos que não haviam percebido ainda que ela era inútil sem a peça que tirei e com o GPS de...

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Ao anoitecer estávamos na nave, mas antes que meu pai ligasse a ignição, tirei a peça que ainda estava em minha mochila e consertei a nave, surpreendendo a todos que não haviam percebido ainda que ela era inútil sem a peça que tirei e com o GPS desligado. Quando terminei meu pai ria e meneava a cabeça.

— Por que inutilizou a nave? – Kallox indagou confuso.

— Não seja estúpido Kallox, ela não confiava em nós. É minha filha, acha mesmo que seria tão fácil capturá-la e levá-la contra a vontade? – meu pai evidenciou, fazendo o resto de nós rir.

Partimos e meu pai cumpriu a promessa, paramos onde deixei a moto enterrada em mato e a encontrei, enlameada, mas ainda estava lá. Claro que estaria, os humanos foram despojados de todas as suas localidades com extração de petróleo, portanto não havia mais combustível fóssil para equipamentos como este. Por isso achava que ela era particular de Rob.

O pouco que conseguiam era produto de bandos de criminosos que por não poderem habitar as cidades fortificadas, se arriscavam nas antigas fábricas e locais de extração e conseguiam um pouco para negociar com os cidadãos nos portões.

Para minha surpresa havia um tambor desse combustível na nave e meu pai me deu para abastecer a moto e devolvê-la ao dono com o precioso combustível.

— Por que isto está aqui? – perguntei a ele.

— Emergência. Desprende gases, explode com facilidade, portanto para destruições rápidas é muito eficiente, mas não temos muito em todo caso. Libera muitos poluentes na atmosfera. – o general explanou.

Depois dessa explicação fiquei curiosa sobre os motivos das guerras humanas. Nossos estudos sobre isso eram superficiais, mas agora eu estava cercada por vampiros que a conheciam na íntegra e isso me incomodava. Devia ter dedicado um tempo maior para essas pesquisas, me sentia ignorante e odiava me sentir assim. Não que não fosse ignorante em uma centena de outros assuntos, mas me incomodava do mesmo jeito.

Ele nos deixou a poucos quilômetros de onde encontrei Zamask pela primeira vez. Era o ponto mais próximo que ele poderia chegar sem que os humanos tentassem derrubar a nave. Antes de deixar a nave, tirei meu traje vampiro, guardei na mochila que trouxe comigo, e voltei a vestir as roupas do exército humano, que lavara no lago, na caverna. Era melhor me apresentar como um deles. A plaquinha nunca saiu do meu pescoço, então estava mais uma vez, pronta para me apresentar aos humanos de forma amigável.

— Tenha cuidado. – Meu pai me abraçou, sem se importar que os outros vissem, então se desvencilhou e virou-se – Zamask, espero que a mantenha viva.

— Com toda certeza o farei general. – Zamask sorriu para ele e ele assentiu pegando o antebraço de Zamask se despedindo.

Ainda vimos o general decolar com a nave e começamos nosso caminho rumo à cidade humana.

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