**** OBRA CONCLUÍDA ****
O mundo que você conhece se foi, ruiu, desapareceu... E então no lugar o meu surgiu, cresceu e se estabeleceu.
Enquanto sua história se iniciou com vida e evolução, a minha vem da morte, invasão e destruição.
Enquanto sua...
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— Não me lembro de ter marcado um encontro. Muito menos com você. – Respondi impertinente, escondendo bem fundo minha surpresa por realmente estar cara a cara com o general.
Ele gargalhou.
— Por que me deixou chegar tão longe? – cruzei os braços. Estava bem óbvio que se o pateta do Gollar me encontrou depois de três semanas, meu pai teria me encontrado muito antes se quisesse. Eu até esperava que ele tivesse.
— Teria acreditado que me importo de outra forma?
— Ainda não acredito.
— Essa é a minha garota! Vamos esperar o paspalho.
— Sabe que estou perdida, certo?
— Com fome, quase desmaiando de cansaço e fedendo. Mas ainda está firme como uma rocha. Exatamente como esperava que estivesse. – Ele disse com um sorriso malvado no rosto, então indicando a nave atrás dele, continuou – Entre, tome um banho e durma um pouco. Deixou Zamask muito para trás, ele deve levar o resto da noite para conseguir alcançá-la. Há roupas separadas para você no banheiro. E queime essa monstruosidade humana que está vestindo, isso retém seus movimentos, precisará de um traje mais maleável.
— Para quê?
— Quando seu cérebro estiver realmente desperto conversaremos. Vá.
Resolvi não discutir, não tinha qualquer chance contra ele, sabia disso, principalmente na situação deplorável de cansaço e falta de sono em que me encontrava. Segui para onde ele indicou, com a minha mochila nas costas.
Não foi difícil localizar o banheiro e depois uma cabine com uma cama. Tomei, pela primeira vez em semanas, um banho quente completo, com shampoo. Depois dos dias correndo sem parar para nada, escovei duas vezes os dentes, até sentir minha boca realmente limpa e fresca.
Depois de me secar, vesti o conjunto de roupas íntimas que me aguardava e um traje realmente muito mais confortável e maleável do que as roupas imundas que vestia antes. Era um macacão colado ao corpo dos tornozelos ao meio do pescoço e aos pulsos, com temperatura controlada. Ele era especialmente projetado para ser usado independente da temperatura do ambiente, se tornando quente em ambiente frio ou frio em ambiente quente.
Não queimei as roupas humanas, as embolei juntas, coloquei dentro da mochila e levei comigo.
Antes de me dirigir para a cama, desviei o caminho até o painel de comando, onde desconectei e tirei o módulo central, responsável pela navegabilidade da nave. Sem ele não dava para decolar ou pilotar. Desliguei também o GPS e saí de lá.
Nem a pau que vai me levar inconsciente de volta para aquela merda de lugar! – pensei satisfeita ao colocar o módulo central da nave dentro da minha mochila.
Me dirigi para a cabine e antes de desabar na cama, desconectei a trava da porta no teclado ao lado dela e mexi nos fios. Ninguém me surpreenderia adormecida, porque precisariam de um laser industrial para me arrancar daquela cabine.
