O MUNDO que você não quer conhecer

Capítulo 40 - Minha Sogra e Cunhada

Meu pai determinou que depois desse tour, estava tarde e precisávamos descansar, então meio que ordenou Robert e Squeezer a se recolher e me deixou em meus aposentos, para tomar um banho e descansar.

Abri o closet, um pouco desinteressada, e quase gritei quando vi a quantidade de roupas que não usaria nem acorrentada. Havia vestidos, saias e uma quantidade absurda de cor de rosa explodindo de todos os lados. Resolvi que faria uma reciclagem quando acordasse. Por enquanto um lingerie e uma camisola eram suficientes.

Peguei a primeira calcinha que apareceu na minha frente e a primeira camisola, entrei no banheiro, tomei um banho quente e relaxante, me vesti e fui direto para a cama.

Acordei com Amber no quarto, me dizendo que tinha que me vestir, que meu pai me levaria para conhecer os familiares do meu noivo.

— É sério que vai me tirar da cama a esta hora miserável para me empetecar? – bocejei desanimada me recusando a abrir os olhos – Basta vestir uma calça, uma camiseta e um par de botas, escovo os cabelos e estou pronta. Posso dormir mais um pouco – me virei para o outro lado.

— Não mesmo Phoebe! – ela jogou meus cobertores para fora da cama e do meu corpo.

— Nãaaao. – teimei.

— Vou chamar o general. – ela ameaçou.

Bufei e me levantei.

Tomei um banho, lavando meus cabelos e Amber me aguardava com uma escova e um tipo de capacete estranho. Entrei na sala de Iara, peguei uma tela digital com arquivos que ela baixara para mim, voltei passando pelo quarto e me sentei onde Amber indicou no closet, que era quase do tamanho do meu quarto, usando apenas um robe. Ela desembaraçou meus cabelos e colocou o capacete esquisito. Enquanto o troço secou meus cabelos e os trançou fazendo um penteado que eu não gostei, mas não ia reclamar ou ela passaria horas me infernizando, vi os arquivos que Iara separara na tela digital.

Depois ela me passou batom e mais algumas porcarias no rosto, por fim veio com um vestido que pelo menos não era cor de rosa, mas branco de um tecido meio brilhante, comecei a pensar que Amber tinha em mente dar uma ideia à família real de como eu poderia ser uma noiva linda. Me olhei no espelho dentro do vestido e me sentia estranha, nunca usei um vestido, portanto, estava fora da minha zona de conforto, pelo menos, apesar do racho lateral que subia quase até o final da minha coxa direita, seu comprimento ia até meus tornozelos.

Trouxe-me um par de sapatos que nem me dignei a calçar.

— Ficariam lindos em você. – ela lamentou.

— Amber, você disse que acompanhou meus relatórios com meu pai. Sabe, portanto, que não sou capaz de andar com isso. Quem em sã consciência usa saltos agulha? E até onde me lembro não é de bom tom ficar mais alta que o noivo.

— Oh! Não tinha pensado nisso! Tem razão, saltos baixos são mais adequados. Você é alta. – ela se apavorou se virando para os sapatos e escolhendo um par de sapatos muito mais condizentes comigo. Agora um scarpin grafite com pequenos saltos apenas.

— E pode se livrar dessa infinidade de cor de rosa. – lhe disse de uma vez.

— Mas Phoebe, combinam com seu tom claro de pele e seus cabelos louros... Lhe daria uma aparência tão delicada em contraponto com sua altura. – ela lamentou desanimada.

— Amber, sou tão delicada quanto um tanque de guerra querida. Sinta-se honrada, nem sei como me convenceu a usar um vestido, mas isso não vai se repetir muito. – ri e ela acabou rindo também.

Finalmente estava pronta, coloquei minha pulseira, meus brincos prateados e saí dos aposentos.

Tive uma ideia para que Zamask usasse seu conjunto de segurança logo que o encontrasse, então dei especificações e coloquei o material no sarcófago para produzir uma caixa para o conjunto dele e outra para o pedido especial que meu pai fez antes de me mandar dormir. Tive que cortar um travesseiro e uma camisola para ter os materiais necessários, mas ficou lindo.