Capítulo 69 - A Batalha pela Terra

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— Se eu não soubesse que a histeria tanto infantil, quanto adulta é gravada, estaria agora com o coração partido. – expressei, enquanto voávamos para entrar na luta.

— Pelo que devo parabenizá-los. Foi uma ideia inteligente. – Dak completou, vendo uma formação de sektas explodindo ao tentar atacar um prédio do qual se podia ouvir os gritos de pânico infantis.

Toda a cidade era um campo de batalha, armado e preparado para este evento. Enquanto viajávamos pelo espaço uma cidade abandonada, longe o bastante das nossas cidades reais, foi equipada com transmissores de calor, aparelhos eletrônicos, gravadores com sons de conversas, gritos, choro e muitos explosivos.

Os prisioneiros humanos (porque vampiros não tinham cadeias, seus criminosos eram mortos imediata e publicamente), foram levados para lá e colocados em camas, onde foram sedados sob os cobertores, para estarem "dormindo", já que os cálculos de Dak nos possibilitaram inclusive fazer com que a batalha se passasse à noite. No momento oportuno, ou seja, ao acordarem, estariam em uma construção já preparada para que não conseguissem sair e para o caso pouco provável de conseguir fugir, todos eles receberam localizadores intra cutâneos. Portanto, poderiam ser caçados depois, caso necessário.

Claro que não tínhamos como fazer uma guerra inteira sem participação de soldados biológicos. Por mais que tenhamos tentado criar armaduras e drones suficientes para poupar o máximo de vidas, não tínhamos eles em número suficiente para não precisar de pessoas também.

Até porque a configuração autônoma não fora feita em todas as armaduras. Estávamos preocupados em criar o máximo delas possível, sendo que a ideia da automação veio depois da criação de Iara, portanto, as construídas anteriormente não possuíam e não houve tempo para implantar nelas.

Agora olhando para a batalha da qual nos aproximávamos, me lembrava do número de tarefas que cumpri ao longo do tempo que tive desde minha fuga do Complexo até este momento. Devo admitir que me surpreendi com tudo que realizei desde então.

— Bem, vamos entrar na festa! – Declarei ao me dirigir para uma lateral da cidade onde via várias naves atacando um dos prédios.

— Existem criminosos presos ali. – Gollar esclareceu.

— Devem estar correndo no interior do prédio, para chamar tanta atenção assim. – Ouvi Squeezer no comunicador – Aliás, como eles vieram parar aqui?

— Prefiro não saber. – Robert entrou na conversa.

— Inteligente. – resumi rindo deles.

Meu riso não durou muito. Fui atingida por um disparo que nem sei de onde veio, em segundos não era mais capaz de voar. Olhei à minha volta e notei que Dak estava encrencado, ainda no ar lutando contra um grupo de sektas que o localizaram e Zamask fora arremessado na direção contrária à minha.

— Todo mundo vivo? – me certifiquei.

— Se preocupe em manter-se viva. – Zamask respondeu – Eu me viro.

— Abra alguma parte da sua armadura e deixe seu cheiro escapar por ela. Isso deve reduzir o afã deles de eliminá-la. – Dak completou, enquanto eu ainda o via lutando e se esquivando de disparos no ar.

Comecei a correr quando vários sektas começaram a atirar em mim. Acionei manualmente meu escudo bolha, que não sei por que estava desativado, comandei a armadura para refrigerar e liberar o ar excedente, garantindo que meu cheiro fosse propagado à minha volta e me virei reagindo aos meus atacantes.

Consegui derrubar dois, mas não matá-los, meus disparos garantiram que suas asas fossem danificadas, no momento em que tentaram desviar dos meus disparos, mas não eram ferimentos mortais, nem sequer incapacitantes.

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