— Que merda! – praguejei – Não vai me dizer que eu também mudo de forma nojenta assim. – me surpreendi.
— Queria uma aparência mais humanoide fêmea. – Ele sorriu – Agora é possível copular sem a sua inicial aversão.
— Vai se foder! Foi assim que tentaram? – gargalhei nervosa.
Não sabia mais se queria continuar conversando com aquela aberração. Não sabia mais o que dizer, ao mesmo tempo em que queria muito matá-lo, não queria perder a oportunidade de aprender. Ele disse que a armadura garantia sua morte se fosse capturado, mas ele não usava uma agora. Portanto levá-lo vivo para interrogá-lo era atraente demais para descartar.
Até porque era o primeiro que se dignava a falar. Os outros já chegavam atacando.
— Eles não mataram as fêmeas vampiras de Zenon Phoebe. Copularam com elas, mas não funcionou. As poucas que conseguiram inseminar morreram antes do quarto mês de gestação, porque os fetos morreram antes as matando. Acabo de encontrar vários drives off-line, levarei algumas semanas para terminar de derrubar todas as criptografias de segurança e traduzir tudo que há neles. – Ouvi Iara na orelha, interrompendo meus pensamentos.
— Minha mãe não copulou com nenhum de vocês idiota. Ela era cientista vampira. – Esclareci ao sekta à minha frente.
— E como foi possível? – ele meneava a cabeça em dúvida.
— Olha! – bufei – Eu já disse que não sou cientista, certamente não sei explicar o que ela fez. Ela até deixou gravado para mim, mas não entendi bulhufas do processo.
— Zamask e o general exterminaram mais doze sektas, encaminhei outros vinte e dois para os Savage e com noventa por cento de êxito estão todos mortos. – Iara interveio.
O que ela quer dizer com noventa por cento de êxito? – não consegui deixar de pensar, mas calculando, agora faltava apenas este e mais dois.
— Iara me guie até a criogenia da nave. – Comandei tendo uma ideia. Mas ele entendeu o que eu disse.
— Nossas naves não têm criogenia que nos mantenham vivos, fêmea. Se me congelar, vai me matar. – Ele falou agora desacelerando sua biologia e no meu idioma.
— Então você fala minha língua. – Sorri maldosa para ele.
— Acha mesmo que invadiríamos qualquer planeta sem conhecer seus habitantes de maneira completa? – ele ergueu a sobrancelha.
— Inteligente. Mas eu também sou. – disse me aproximando.
Pulei e desferi um soco na lateral da cabeça dele que o desacordou.
— Iara, quero cordas ou corrente, fita adesiva... Qualquer coisa que possa usar para amarrar esse palhaço e mantê-lo vivo.
— Só vai encontrar barras de metal. – ela me avisou.
— Serve!
— Na verdade não, porque a composição química sugere que você ou qualquer vampiro não é capaz de dobrá-las. – Ela evidenciou e eu soquei a parede.
— Que ótimo! Agora você me animou. Se deixar esse bosta aqui ele se mata, se tentar congelar ele morre. Iara alternativas viáveis. – Exalei.
— Na nave que viemos, no compartimento de equipamentos táticos, existem algemas eletrônicas, que agora que o espécime tem proporções adequadas, servem. Mas não aconselho deixar o espécime sozinho, mesmo que desacordado.
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O MUNDO que você não quer conhecer
General Fiction**** OBRA CONCLUÍDA **** O mundo que você conhece se foi, ruiu, desapareceu... E então no lugar o meu surgiu, cresceu e se estabeleceu. Enquanto sua história se iniciou com vida e evolução, a minha vem da morte, invasão e destruição. Enquanto sua...