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Capítulo 65 - Meus Vizinhos Savage

Conversamos sobre o andamento atual na base humana e Squeezer e Tecno me contaram que só não estavam mais encrencados, porque meu pai enviou o equipamento que eu havia solicitado antes do ataque.

A perda de Magic foi além de trágica, um atraso imenso, porque ela era a única humana ciente e que realmente entendia a fundo todo o processo. O funeral dela aconteceu no dia seguinte à sua morte, enquanto eu ainda estava totalmente imobilizada no CLV.

Assim como no ensino, o fato de os vampiros se recuperarem rápido e se reproduzirem pouco, isentava a cidade de precisar de um hospital, médicos e laboratórios separados. Portanto havia apenas um lugar quando era preciso atendimento médico. O Centro Laboratorial Vampiro (CLV). Que era ao mesmo tempo hospital, clínica médica, laboratório e centro de pesquisas científicas biológicas.

Agora era necessário treinar outro técnico humano, mas ele teve que ser trazido para a Cidade Real para isso, pois como a decisão da cadeia de comando desagradou o rei vampiro, não havia mais vampiros e mestiços para ensinar o novo construtor na base humana.

Agora descobria que além do Dr. Enzo, havia mais um humano na Cidade Real, temporariamente residente aqui. Este estava na CCTV sob a supervisão pessoal de Kallox que também se responsabilizou por Alice que era sua assistente primária no local. Então eles trabalhavam lá a noite toda e vinham para a mansão ao amanhecer com o humano que agora me contavam que era meu hóspede, mas que eu ainda não encontrara pela casa.

O Dr. Enzo e sua família estavam hospedados com a família real vampira e Zelda pessoalmente estava assessorando a esposa e duas filhas dele na adaptação. Providenciou com seu pai e conselheiros, cartões de identificação para elas e se responsabilizou por apresentar a cidade às três. O que faria ao sair daqui, junto com Zaira.

Como Kallox havia mostrado como funcionava o equipamento que levei e montei, com o sarcófago e ensinado Tecno a mexer no equipamento, ela pode ensinar outros técnicos que agora a auxiliavam nisso, criando o que mais era necessário para melhorar o sistema de segurança da cidade humana e auxiliar nas construções tecnológicas que ainda funcionavam, enquanto aguardavam o novo técnico voltar com todas as informações sobre as armaduras para retomar suas construções.

Iara também estava presente no comunicador dela na orelha, dando instruções e ensinando comandos e atalhos para automatizar ao máximo as construções humanas. Portanto, ao passo que automatizavam os sistemas, Iara assumia e passava relatórios periódicos, fazendo solicitações e apontando onde precisavam melhorar ou modificar.

As câmeras que comprei e que Kallox já levara enquanto estávamos no espaço, com a autorização de Iara, já estavam ativas e mais foram providenciadas, agora vários técnicos se encarregavam de distribuí-las pela cidade e arredores. Cobrindo principalmente áreas antes deficientes de monitoramento, como a área portuária, onde fui mantida por quase duas horas por Dylan.

Ninguém sabia o fim que os associados dele teriam, pois ainda estavam detidos em celas aguardando julgamento militar. Mas elas, assim como eu, não acreditavam que todos seriam condenados à execução. Talvez os diretamente envolvidos. Aqueles que estavam presentes no ataque, os demais provavelmente seriam condenados à prisão por algum tempo ou soltos do lado de fora das muralhas da cidade.

Passamos à outra dúvida que eu esqueci anteriormente, Zaira me informou que toda a população vampira que não dispunha de um mestiço que pudesse alimentá-la agora tinha uma senha por sua identificação, com datas e horas marcadas em locais diferentes para ser alimentado com sangue adequado.

Alguns no complexo, outros na base militar e alguns ainda na fazenda, onde para minha surpresa, a maioria dos mestiços que agora a habitavam, concordaram em ceder suas veias. Claro que todo o processo em qualquer dessas localidades era monitorada, pessoalmente por no mínimo dois soldados armados e uma armadura autônoma de Iara.