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Capítulo 39 - Meu Pai e Suas Questões Constrangedoras

Enquanto ainda aguardávamos as joias de defesa e comunicação ficarem prontas, fui com eles a seus quartos e trouxemos para minha sala tecnológica as duas armaduras. Nesses momentos agradecia aos deuses por minha biologia vampira e Sekta, enquanto Robert e Squeezer só foram capazes de carregar seus capacetes, peguei uma armadura em cada braço e as trouxe sobre meus ombros.

— Você nem imagina o quanto essa visão é estranha. – Robert comentou no caminho meneando a cabeça e eu e Squeezer gargalhamos.

As joias finalmente ficaram prontas e abasteci o sarcófago com o material necessário para fabricar os sensores camaleão holográfico. Dei o comando de voz e Iara iniciou o processo.

— Esta é a sua pulseira Robert e como notei que tem um furo na orelha, que achei que só os vampiros tivessem, mas enfim... Aqui está seu brinco masculino de comunicação. Ele tem uma câmera também, portanto Iara será capaz de ver onde está e calcular as melhores rotas de fuga, ou me dar sua localização exata. – entreguei a ele uma pulseira grossa e fosca negra com um único diamante e inscrições em letra cursiva e elegante o identificando como tenente Robert, com algumas distinções e honras que li sobre ele nos arquivos do exército humano e um brinco no mesmo padrão com um diamante no centro que na realidade era uma câmera. Os furinhos do sistema de som tanto de recepção quanto de transmissão eram tão minúsculos, além de localizarem-se nas bordas laterais do brinco, que não era possível enxergá-los se não se usasse uma lente de aumento poderosa.

— Muito bonitos! – ele elogiou olhando de perto todos os detalhes dos dois objetos.

— Estes são os seus Squeezer. – entreguei a ela uma pulseira um pouco mais feminina com alguns diamantes, mas sem inscrições, apenas para parecer um adorno e um par de brincos também com algumas pedras preciosas em volta do diamante que continha a câmera. Os dela eram dourados e com partes foscas outras lisas e brilhantes.

— Também gostei muito do meu conjunto. – ela elogiou olhando de perto o trabalho.

— Amanhã testamos sua eficiência. Se conheço meu pai, ele tem um estande de tiros por aqui em algum lugar.

— E os outros conjuntos masculinos? – perguntou Robert, olhando para os outros cinco jogos.

— Meu pai, Zamask, Kallox, Gollar e o representante nomeado pela cadeia de comando humana. Neste último, falta apenas as menções de honras, para enganar, mas isso posso fazer em minutos, basta saber quem será. Mandei uma mensagem para Gollar, agora pouco avisando que tinha novos brinquedos para ele. Me respondeu que amanhã passa aqui e pega. – vendo que eles perguntariam, continuei – Aqui está o meu conjunto, e estes outros são para Tecno, Magic, Núbia, Júlia e Alice.

— Mas elas não estarão na comemoração. – Squeezer apontou.

— Não sabemos ainda. Talvez Kallox as traga quando for buscar o representante. Melhor pecar pelo excesso, temos que estar sempre um passo à frente. – lembrei-os.

— Ainda estão todos reunidos no mesmo lugar, com uma casa imensa como esta. – meu pai nos surpreendeu reclamando enquanto entrava na sala.

— Olha quem está falando! Acabou de chegar e veio direto para cá. – ri, me levantando e o abraçando – Como foi?

— O quanto confia em Zamask? – ele respondeu com outra pergunta.

— Confio minha vida a ele. – afirmei séria e confusa.

— Ótimo! Porque se casará com ele na comemoração.

— Como é? – me indignei.

— Quer uma aliança com o rei, o preço dele é esse. – meu pai bufou.