Capítulo 55 - O Sekta

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Quando entramos na ponte de comando, Iara estava lá comandando a nave para retorno à Terra, Zamask estava sentado em uma poltrona olhando para meu prisioneiro, agora com algemas eletrônicas nos pulsos e tornozelos em outra poltrona longe de qualquer comando e com os fios de comando da poltrona à mostra. Evidenciando que Zamask arrancou as placas de comando antes de colocar o Sekta ali.

Prydrex e vários dos Savage rosnaram quando o viram, mas me coloquei no caminho de costas para o Sekta e de frente para eles.

— Ninguém toca nele. Quero interrogá-lo devidamente e isso só vai ser possível quando chegarmos na Terra. – Comandei, pensando nos cientistas que iam surtar com um espécime vivo.

— Esse maldito dissecou dezenas, talvez centenas de nós. – Um dos savage gritou.

— E nós matamos oitenta e seis deles só hoje. – Rebati – Esquece! Não vai tocar nele, merda!

— Como vai interrogá-lo se ele nem fala nossa língua? – outro Savage perguntou.

Não vou revelar a mais ninguém que falo sua língua, então lhe faço a mesma pergunta que o espécime. – o Sekta disse, com um sorriso.

Acontece que todos na Terra sabem que eu falo a sua, idiota. Não tenho problemas que eles também saibam. – Sorri maldosa de volta.

Os Savage olharam para mim perplexos.

— Consegue entender o que ele diz? – até Prydrex estava pasmo.

— Cada palavra. – Contei – Deveria ter deduzido isso do que leu no meu banco de dados Prydrex. Tenho genes deles no corpo, lembra-se?

— Sou bom com tecnologia, devido ao meu estado, mas não sou geneticista. – Ele admitiu – Sabia que traduziu seus comandos, mas não que falava o idioma, não entendi a experiência de sua mãe.

— Nem eu, meu amigo. – Suspirei – Mas isso é o que menos importa no momento – me virei para Iara – Quanto tempo até pousarmos?

— Oito dias. – ela respondeu.

— Como? Levamos dezoito horas até aqui, por que para voltar demoraria tanto? – Zamask perguntou incrédulo.

— Porque a luta entre os Sektas e o Rathtar destruiu um dos propulsores de dobra. Acertaram cinco disparos no reator, se tentar usá-lo posso explodir a nave. Isolei a área e abri o compartimento, deixando que o vácuo do espaço detenha qualquer início de incêndio, mas não podemos nos mover com a velocidade que viemos devido a isso. Teremos que nos mover um pouco mais devagar apenas com os propulsores de locomoção normal. – Ela explicou.

— O que certamente quer dizer que não podemos entrar na atmosfera com a nave sem consertar isso ou podemos explodir, nos despedaçando em pleno ar. – Presumi.

— Já avisei a base e Zaki. Haverá uma nave de técnicos, com Kallox à bordo, para consertar o propulsor e nos permitir pousar. – Iara informou.

— Você não pode consertar? – meu pai questionou.

— Não há ferramentas adequadas, ou peças de reposição para que eu possa resolver o problema general. Passei todas as especificações do que será necessário e Zaira com Kallox estão providenciando as construções no CCTV. Mas não terão que ficar à bordo até a finalização do conserto. Pedi uma nave de evacuação, vou liberar o hangar principal desta nave para o pouso e vocês, junto com todos os outros, serão levados para Terra. – Então ela virou-se para os Savage – Sei que precisam de alimentação e hidratação, vou guia-los ao refeitório onde encontrarão comida e água para sua saciedade temporária.

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