— Iara tem certeza que isso vai dar certo? – perguntei, talvez pela décima vez nas últimas horas.
Passamos um dia inteiro viajando em dobra e mais dois analisando os arredores e refinando nossos novos planos.
Segundo eles seria mais fácil, montar uma emboscada, do que simplesmente atacar de frente como eu tinha planejado inicialmente. Então agora estávamos na superfície de um planeta, cercado por um campo de asteroides, aguardando o inimigo, no lugar onde, supostamente, eles teriam que sair da velocidade em dobra, para organizar seu ataque ao planeta Terra.
Ao contrário da minha ideia inicial, a nave armada, também contava agora com um piloto, mesmo que fosse uma cópia de Iara e não um vampiro ou humano. Depois das novas informações que Dak descobrira (invadindo rápida e eficientemente os sistemas da nave que nos atacou dias atrás, enquanto ela caía na área desolada), Iara trouxe de volta sua cópia escondida com Eva e a colocou no comando da nave armada.
— Probabilidade de 89% de sucesso. – Ela repetiu o que já vinha me dizendo.
— Esses 11% restantes ainda me preocupam. – bufei.
— Relaxe, não há o que possamos fazer mais agora. – Zamask apertou minha mão.
— Talvez, mas... Não sei. – lhe disse olhando pela janela, para os pequenos pontos brilhantes dos explosivos nos asteroides.
— Também não temos mais tempo. – Dak evidenciou apontando para um pontinho ao longe na janela – Eles chegaram.
— Assumindo posições. – Determinei, indo para o banco do piloto.
Depois de alguns testes, determinamos que eu seria o piloto de fuga e Dak, devido a sua rapidez para mudar de alvo e atirar com precisão, seria o atirador de defesa. Zamask deveria cuidar dos detonadores, para garantir que qualquer um que não explodisse por contato com o inimigo, o fizesse por comando de seu detonador, localizado na nossa nave e sob seus cuidados.
Esperamos.
Meu coração martelava no peito, minhas mãos suavam incontrolavelmente e minha ansiedade estava me matando. Cada minuto, parecia durar horas.
Foram duas torturantes horas de espera até que a grande nave armada com inúmeros tipos de explosivos, pilotada pela cópia de Iara, apareceu saindo de dobra com uma precisão absurda.
A nave mal apareceu e entrou pela lateral da gigantesca nave colonizadora e quando atingiu seu centro explodiu espetacularmente, levando consigo qualquer coisa que pudesse estar viva no interior daquela coisa.
A explosão foi tão esmagadora, que levou também parte das naves mais próximas, danificando-as de maneira quase irreversível. Mas nosso trabalho apenas começava. Dak pilotou remotamente um enxame de drones sobre as naves ainda intactas. Não foram o suficiente para exterminá-las, mas tornaria nossa fuga um pouquinho mais fácil.
Logo percebemos que fomos detectados, quando um esquadrão de pequenas naves se dirigiu para o planeta que estávamos. Já esperávamos, não usamos bloqueadores de sinal, ou não seria possível pilotar os drones e acionar os detonadores.
— Espere... Espere – Dak repetia, atento às manobras das pequenas naves em nossa direção.
A última nave do esquadrão raspou levemente em um asteroide e ele explodiu levando-a juntamente com mais duas outras naves.
— Zamask, comece a festa. – Dak sorriu.
— Com Prazer! – Zamask riu acionando os detonadores dos explosivos entre o esquadrão.
Ao mesmo tempo em que os asteroides explodiam destruindo naves, Dak atirava na direção deles, mantendo os pilotos sob pressão e diminuindo sua capacidade de resposta. Logo não sobrara nenhuma nave.
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O MUNDO que você não quer conhecer
General Fiction**** OBRA CONCLUÍDA **** O mundo que você conhece se foi, ruiu, desapareceu... E então no lugar o meu surgiu, cresceu e se estabeleceu. Enquanto sua história se iniciou com vida e evolução, a minha vem da morte, invasão e destruição. Enquanto sua...