Passei o resto da noite com os mestiços resgatados e conversei muito com eles sobre o acordo que estava em curso para sua nova casa. Informando sobre o que meu pai decidiu sobre os novos recrutas, a nova ala na base que ele prepararia para recebê-los. Falamos ainda sobre vários outros assuntos que eles queriam saber e lhes contei, principalmente sobre as mudanças na lei sobre nossa espécie.
Quando finalmente consegui assegurar que não estaria longe e deixando um comunicador com eles para que me contatassem se tivessem problemas e precisassem de mim, pude voltar com Squeezer para casa. A essa altura minhas compras estavam todas embaladas na garagem me esperando.
Peguei o novo computador e um dos sarcófagos e levei comigo para minha central de dados. Substituí um dos meus pelo novo, configurando-o para se integrar aos outros e troquei também meu sarcófago pelo novo que era bem maior, já o estreando com uma nova construção. Dei liberdade total de cálculos e detalhes para que Iara completasse o trabalho e saí.
Voltei para a garagem com o computador que tirei dos meus e com o sarcófago substituído e levei junto com todo o restante, exceto o equipamento que comprei para Melom, para dentro do veículo blindado. Dei o comando primário do veículo para Iara, com ordens de que ninguém o removesse ou tentasse entrar nele antes que eu o usasse para levar o equipamento à cidade humana.
O sol já estava alto no céu, quando lacrei o veículo e voltei para dentro de casa para dormir um pouco. Meu pai se encarregou da equipe de construção do muro de contenção em torno da fazenda de Blair para mim, então poderia ir à cidade humana tão logo o pôr do sol se apresentasse.
Se Zamask não houvesse insistido tanto em ir junto, poderia ir agora, mas não convinha sobrevoar a área desolada sozinha e tinha certeza que Squeezer ia praticamente se jogar dentro da nave para ir também e agora ela estava dormindo.
Dormi logo que atingi os lençóis e Zamask me beijava para acordar ao pôr do sol. Meu pai ficou na base distribuindo ordens e quis acompanhar o início da construção do muro da fazenda, então desta vez ele não foi barrado na sala quando entrou em casa.
— E... O que significa toda essa bagunça no meu quarto? – olhei os inúmeros pacotes e caixas em todas as superfícies.
— As caixas são minhas coisas. Nos casaremos em dois dias, então deixei apenas o que vou precisar no meu quarto e trouxe todo o restante. – Ele me beijou de novo.
— E o resto? – perguntei quando seus lábios deixaram os meus.
— Alguns dos nossos presentes de casamento, que as pessoas que já sabem sobre ele nos mandaram. Não acho que vai gostar da maioria – ele deu de ombros – mas tinha que trazer.
— Por que eu não gostaria? – fiquei curiosa.
— Amor. É óbvio que não dá a mínima para afazeres domésticos e, ao contrário do que pensa, eu sei que não sabe fritar um ovo. – Ele riu e eu fiquei vermelha – Depois que disse a minha mãe e irmã sobre sua ficha no complexo elas a solicitaram. – Vendo minha expressão brava se formando ele explicou – Elas queriam conhecê-la melhor. Zaira riu por horas depois que leu suas avalições em prendas domésticas.
— Sou um horror nisso. – Admiti bufando e ele riu, sorri maliciosa para ele – Mas, alguém refutou algumas das minhas avaliações. – Acrescentei, descendo minha mão pelo peito dele para suas calças.
— Não quer ir à cidade humana hoje? – ele perguntou sem me deter.
— Hoje... Em dois dias... Tanto faz. – abri o botão da calça dele e deslizei minha mão para dentro beijando-o de novo.
— Nos casaremos em dois dias, podemos esperar até lá para isso, não acha? – ele disse puxando minha mão de volta com um sorriso divertido.
— Eu não posso! – afirmei voltando a beijá-lo e ele riu.
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O MUNDO que você não quer conhecer
Fiction générale**** OBRA CONCLUÍDA **** O mundo que você conhece se foi, ruiu, desapareceu... E então no lugar o meu surgiu, cresceu e se estabeleceu. Enquanto sua história se iniciou com vida e evolução, a minha vem da morte, invasão e destruição. Enquanto sua...