XXXII - Good Guy

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Suas mãos estavam espalmadas em minha bunda, eu beijava seu pescoço com vigor. Billie se ajeitou no sofá de casa e soltou um suspiro. Descolei os lábios de seu pescoço e iniciei um beijo intenso e cheios de intenções. Billie respondeu apertando com força minha bunda, o que me fez sorrir entre o beijo.

-Tira minha blusa. - Interrompi o beijo momentaneamente, ela hesitou por alguns segundos e o fez. Voltei a beija-la instantaneamente.

-Eu ainda 'to' aqui. - Uma voz rouca e suavemente surpresa soou da cozinha. Descolei nossos lábios e encarei sua origem, perplexa. Dustin estava nos encarando, ele estava boquiaberto. - Então sua amiga é mais que amiga... Não vou contar pro seus pais.

-Eles sabem. - Resgatei minha blusa do sofá e a vesti, saindo do colo de Billie. Ele assentiu. -Seu pervertido.

- Vamos subir... - Billie tocou em minha coxa, mas eu não a encarei.

-Entendi o lance o barulho ontem... Que sua mãe disse. - Ele sorriu surpresa. - Seu irmão também podia trazer garotas para cá? Dormir...

-Meus pais não deixavam. - Rolei os olhos.

-E eles deixam você....

-Jhon tá morto e eu não vou engravidar ninguém. - Dei de ombros. - Isso nem é da sua conta. Tá querendo trazer alguém aqui?

-Não, curiosidade. E você tem razão. Sua vida sexual altamente ativa não é da minha conta.

Fechei a mão em punho e dei um passo para frente, mas Billie segurou em meu pulso e me puxou com força para trás.

-Vamos subir... - Ela sussurrou. Fiquei alguns segundos pensando no que fazer, mas acabei cedendo e indo para o quarto. - Que porra tá acontecendo com você? - Ela não disse de uma maneira rude, mas como sempre falava. Me sentei na cama e bufei.

-Ele é um babaca. - Eu disse como se fosse obvio.

-Não Sam... - Ela cerrou os olhos e passou a língua sobre os lábios. - Você não conversa dois minutos comigo sem querer transar.

-Não quer mais foder? É só que você me dá tesão... Achei que isso fosse uma coisa boa - Cerrei os olhos e cruzei os braços.

-Claro que eu quero, sei que isso é bom.... - Ela colocou uma mecha do meu cabelo atrás da orelha e beijou a ponta do meu nariz. - Sei que é aniversário do Jhon essa semana... Transar todo o segundo não vai preencher o vazio em você... - Pisquei algumas vezes, sentindo meus olhos arderem e minha garganta doer.

-Eu não... - Funguei. Era isso que ela pensava?

-Eu sei como é perder alguém... Fez um ano...

-Não. - Cerrei os punhos. - Não compara meu irmão com aquele amigo maníaco seu. - Me levantei de uma vez. - Você não querer transar comigo, tudo bem. Não vou te estuprar. Só que não faz isso...

-Era alguém que eu gostava. - Ela se levantou.

-Ele era um ser humano de merda. - Eu praticamente gritei. - Meu irmão era literalmente o oposto daquele merda.

-Ele não era assim comigo, era um amigo... Ele se importava comigo.

-Até ele te estuprar e te bater... - Eu rosnei. Estávamos próximas. - Ele mereceu o que teve.

-Vai se foder. - Ela disse antes de sair do quarto, batendo a porta. Fui atrás, com todo meu ódio. Soltei uma sinfonia de palavrões, o que a fez levantar o dedo do meio para trás e sair pela porta da frente, sem ao menos fecha-la. Caminhei até lá e pude ver Sophie parada com os olhos arregalados.

O azul dos teus olhos  (Billie Eilish)Onde histórias criam vida. Descubra agora