AVISO!!! - ESTE CAPÍTULO RELATA A NOITE DO ABUSO SEXUAL DA BELLA, SE NÃO TE SENTES BEM PARA LER SOBRE ISSO, PASSA À FRENTE ESTE CAPÍTULO.
[Bella.pov.on]
-Flashback.on-
A chuva está forte o suficiente para fazer um enorme barulho ao tocar no capô do carro. E bem, bebi tanto que as dores de cabeça são infernais.
-Baby, chegamos.-o meu namorado diz assim que pára o carro à frente da sua vivenda.
Saímos ambos do mesmo e entre gargalhadas e os pingos da chuva, corremos até casa. Assim que entramos ele fecha a porta atrás de mim e pega-me ao colo.
-Ainda bem que não bebi e posso tratar de ti.-ele sorri.
-Tens razão.-rio-me e rodeio o seu pescoço com os meus braços.
Chegamos ao quarto e ele pousa-me na cama, tirando os meus e os seus sapatos de seguida.
-Vamos ver um filme? Não tenho vontade de dormir.-sugiro e ele morde o lábio enquanto caminha até mim, de volta à cama.
-Estava a pensar noutra coisa.-Ed pousa o seu corpo em cima do meu, delicadamente, e deixa vários beijos ao longo do meu pescoço.
-O que tu queres sei eu.-brinco.
-Baby, eu estou mesmo com vontade. Não pode ser hoje?-ele pergunta e eu ignoro o facto de ele fazer parecer que o dia para eu perder a minha virgindade tem data marcada.
-Eu estou bêbada, Ed. A minha...a nossa primeira vez-corrijo.-não vai acontecer enquanto eu estou bêbada.
-Sabes há quanto tempo andamos a adiar isto? Namoramos há onze meses, tu tens vinte anos, estás à espera de quê exatamente?-ele pergunta, parando de beijar o meu pescoço.
-Não te peço que compreendas porque já entendi que não compreendes, mas peço-te que respeites.-ignoro a sua estúpida pergunta e tento sair debaixo dele. Que idiota.
-Vá lá, Bella. Não custa nada.-ele faz pressão contra o meu corpo, impedindo-me de sair.
-Ed, pára...Ed, pára!-eu levanto o tom de voz assim que ele deixa beijos nos meus lábios e aperta os meus peitos.
-Vais gostar...-ele diz e beija-me novamente. Eu tento afastar-me, mas a força que ele usa impede que isso aconteça.
E quando dou por mim, ambas as nossas calças estão fora dos nossos corpos.
-Ed, por favor...não-e sou privada de falar quando ele tapa a minha boca com a sua mão.
Sinto as minhas cuecas deixarem o meu corpo, tal como as dele deixam o seu.
E a partir daí, acho que não preciso de descrever o que acontece...
A dor espalha-se pelo meu corpo, e não sinto nem um pingo de prazer. As minhas lágrimas molham o meu rosto, e os meus berros são abafados pela sua mão. E aos poucos as lágrimas param, a dor pára...tudo pára. E eu não sinto mais nada, não oiço mais nada. Fico ali, quieta, como se fosse um boneco nas suas mãos. O que, de certa forma, sou neste momento.
O tempo passa, e a certa altura, o rapaz de cabelos escuros deita-se a meu lado, cansado e suado, e eu fico imóvel a olhar para o teto e a tentar conter as lágrimas que aparentemente queriam sair novamente.
-Isto foi fantástico.-ele diz enquanto pousa um dos seus braços na minha barriga, de forma a ficar agarrado a mim.
-Eu tenho que ir.-murmuro.
-O quê?-ele pergunta e eu respiro fundo, tentando acalmar-me.
-E-eu tenho que ir...
-Não, não tens.-ele obriga-me a virar, de forma a ficar cara a cara com ele.-Ficas até que seja manhã.
Eu apenas abano a cabeça em sinal de sim, com medo de o irritar.
Volto a virar-me, desta vez de forma a ficar de costas para ele, e ele encosta-se a mim. O suficiente para eu sentir a sua intimidade na minha pele nua.
Fecho os olhos com força, e tento dormir um pouco. Mas alguém que me explique, como é que eu vou conseguir adormecer aqui? Como é que eu vou conseguir adormecer noutro sítio qualquer, sem me lembrar de tudo o que aconteceu cada vez que feche os olhos?
Umas horas depois, ele adormece. Eu ouvia o seu roncar perto do meu ouvido, e felizmente, ele já não estava agarrado a mim.
Eu levanto-me cuidadosamente, tentando fazer o mínimo barulho possível, e pego nas minhas roupas, vestindo-as rapidamente. Agarro no meu telemóvel e nas minhas chaves, e tudo o resto que tinha trazido deixei na sua casa. Porque a única a coisa importante é sair deste sítio.
A chuva ainda estava intensa e assim que pouso os meus pés no lado de fora da vivenda, o meu corpo todo fica rapidamente molhado, e eu fico cheia de frio. Não tenho boleia, não tenho guarda-chuva. Não tenho nada. E estou completamente vazia por dentro, porque ele acabou de me destruir.
Então, o que é que eu faço? Caminho cerca de uma hora, até minha casa, à chuva e ao frio, sozinha às cinco da manhã. E assim que chego ao meu apartamento, deito-me no sofá e tranco a porta, de modo a ninguém conseguir entrar e apenas eu conseguir sair.
Não consigo dormir, os pensamentos e as memórias estão a ocupar-me a mente. Os gemidos, os gritos, os apalpões, a dor, as lágrimas...tudo o que tinha acontecido estava agora a afetar-me ainda mais. Era como se ainda estivesse a acontecer e, de certa forma, estava.
Olá!! Este capítulo foi apenas um flashback, ou seja uma lembrança da Bella.
Ia por isto junto com outras coisas, mas achei melhor deixar este flashback sozinho num capítulo.
Beijinhos
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Cold Heart // Liam Hemsworth
Teen FictionUma noite e uma boleia fez com que as suas vidas se virassem do avesso. Ao princípio, tudo o que ele faz é afastá-la, até que nota que ela não pretende deixá-lo. E, agora, tudo o que ele quer é protegê-la dos seus próprios demónios. Mesmo que ele os...