A primeira noite

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Chegamos a Lyon depois de um viagem relativamente longa, porém, tudo passou rápido com conversar interminável e cantorias, teria sido perfeita se não fosse o fato de Nathan ter descoberto meu número mandando várias mensagens que ignorei mesmo querendo muito respondê-las, é uma merda ainda gostar daquele idiota por isso tenho que esquecer de sua existência.
Tirei minhas malas da parte traseira do carro andando em direção a casa, logo após, entrei Junto a Jack dando de cara com todos os seus familiares que se encontravam na sala e agora olhavam ansiosos para a porta, mesmo muitos me conhecendo do restaurante.

— Jack! Até que enfim você chegou, e pelo visto não veio sozinho— Uma mulher morena se aproximou e disse se referindo apenas a mim, mesmo que também tenham vindo seus amigos da faculdade — se soubéssemos teríamos feito mais comida.

— Bom tia Lis, todos estavam sabendo que ela vinha menos você…— No semblante da mulher se vê espanto e ofensa— se não tiver mais o que responder queríamos subir deixar nossas coisas e curtir a cidade.

Nada foi dito em resposta a ele, ao fundo ouvimos risadas leves vindas das pessoas em volta que foram interrompidas quando o olhar da morena correu pela sala, Jack deu de ombros, pegou em minha mão e subiu as escadas tendo logo atrás de você eu e os meninos do time de basquete. Estavamos prestes a entrar no quarto designado a mim quando uma pessoa me abraça forte, e eu, sem reação arregalei os olhos retribuindo o abraço como podia.

— Não acredito que vai passar o fim de semana conosco

Exclamou a menina fazendo com que finalmente a reconhece-se, não cheguei a contar para vocês, mas durante meu primeiro dia trabalhado no restaurante tive uma conexão muito forte com Corine, prima de Jack, e desde então trocamos mensagens todos os dias, apesar disso tinha me esquecido completamente da possibilidade de ela estar aqui por isso não esperava um abraço desses.

— Nossa eu não sabia que você vinha também — nos separamos e não pude evitar o sorriso surpreso — todo mundo está aqui?

— Pois, é, como nossos avós foram para Itália nós viemos cuidar da casa para eles — ela pisca, aproxima seus lábios ao meu ouvido direito e sussurra — na verdade, é só uma desculpa para nossos pais terem folga, já os filhos, no caso nós, curtem as melhores baladas da cidade

— Desculpa atrapalhar as melhores amigas — Jack faz aspas com os dedos — mas… Desde quando seu cabelo é rosa e quando viraram amigas?

— pintei quarta-feira, e não sei se você sabe, mas sou garçonete no restaurante do seu pai, e caso tenha esquecido você a indicou para recepcionista então…

Diz a de cabelo colorido com zombaria, levei minha canhota a boca por não conseguir conter minha risada enquanto olhava para Jack que revirava os olhos, mas no fim deu um sorriso ladino por reconhecer o quão idiota foi a própria pergunta.

— Se eu soubesse que meninas lindas eram garçonetes de lá eu comeria lá todos os dias — Disse Tyler, o melhor amigo de Jack enquanto dava um passo a frente — sentiu saudades, princesa?

— Acredite, nenhuma garçonete linda atenderia você, mesmo se pagasse o dobro por tudo — ela pisca e me pega pelo braço— agora vamos, você vai dormir no meu quarto comigo.

Só consegui acenar para Jack antes de ser puxada pela morena apressada que segurava uma de minhas malas em sua outra mão.
Quando chegamos no quarto deixo minhas malas no chão me jogando na cama não ocupada em seguida. Fico parada por algum tempo recebendo olhares ansiosos de Corine que, mesmo com pouco tempo de amizade, sei exatamente o que significava.

— Vamos, diz logo o que está doida para me contar

— você ouviu o que o Tyler disse para mim? — ela se deita ao meu lado e suspira — eu sempre quis ficar com ele sabia?

Viagem do amor (Revisão)Onde histórias criam vida. Descubra agora