Castigo

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Acordar esses dias tem sido um castigo, eu não queria sair da cama e ter que encarar toda aquela realidade tão confusa. Me levantei e Nathan ainda estava dormindo, agradeci por isso, abri a geladeira e peguei qualquer coisa para comer, meu ânimo para cozinhar tinha ido para os ares. Comi e me sentei no sofá surfando entre os canais tentando encontrar algo que me agradasse mas infelizmente Jack não sai da televisão e por isso volta e meia estava vendo canais repetidos sem nenhum tipo de interesse.

— Bom Dia meu amor, acordei de ótimo humor hoje — Nathan veio até mim e depositou um beijo em minha bochecha. — nem me esperou para tomar café da manhã.

— Eu estava com muita fome — menti encarando a televisão enquanto tentava limpar a bochecha sem que ele percebesse.

—Tudo bem, está desculpada. — o moreno pegou uma torrada dormida e colocou na boca mordendo um pedaço — não vai perguntar o porque desse meu bom humor?

— Qual motivo de ter acordado tão feliz amor? — forcei um sorriso e ele se sentou junto a mim para contar melhor — então, você sabe que aquela empresa que eu estou é uma merda e super injusta, porém hoje eu recebi uma proposta da concorrente para ser vice-presidente de uma das empresa dele.

— Uau vida! Que bom, para quando? — toda aquela atuação estava me matando, mas o que podia fazer? Eu merecia aquilo. — estou muito feliz por você. Onde fica a empresa?

— então, essa é a parte interessante. Viajaremos no dia vinte e cinco desse mês mesmo, a tarde. A cede fica na Austrália e vão pagar desde a nossa moradia até a escolaridade do nosso filho! — ele sorriu e tomou o controle de minha mão escolhendo sozinho o canal de televisão.

— Espera! Que filho? E como assim Austrália? — arregalei os olhos encarando seriamente o homem.

— então esse era o outro assunto que eu queria comentar. Agora que nós somos um casal firme e feliz, estava pensando: por que não ter um bebê? Você sempre gostou de crianças e todo mundo diz que eu dou um ótimo pai. — Nathan levou sua destra até meu rosto e me deu um selinho. — antes que você fale, eu já me adiantei e marquei com o seu médico a retirada do seu implante contraceptivo para sexta.

— Mas só estamos juntos a uma semana Nathan. — tentei parecer pouco agressiva.

— Corrigindo: cinco anos, três mês e 2 semanas okay? É tempo mais que suficiente para construir uma família! Qual é Madison, por acaso você não me ama?

— Não, é óbvio que eu amo, eu vou no médico sexta, mas acho que não vai dar para ir pra Austrália, eu tenho bolsa aqui na faculdade.

— Faz faculdade lá, você já repetiu aqui mesmo. — deu de ombros fitando-me com naturalidade.

— Eu o que!? Como assim? Eu me dei muito bem em todas as provas.

— eles ligaram semana passada avisando, parece que o professor de matemática financeira não tem deu um décimo, no fim das contas foi bom né.

— É... Foi sim... Você pode me dar um minuto? — o encarei com os olhos mareados. — por favor...

— Claro, vou pedir demissão no trabalho e assinar meu contrato. — ele deu um beijo na ponta do meu nariz — beijos Ellezinha, até mais tarde.

— até.

Certifiquei que ele saiu antes de chorar, deve ser castigo divino não é possível, tudo na minha vida está dando errado e nada mais tem me animado de ficar, para o meu azar assim que recebi meu cartão de crédito pegou tudo e junto do dinheiro foi minha esperança de passar uns tempos no Canadá para pensar em tudo. Quando me acalmei, percebi que tinha outros assuntos para tratar, liguei para farmácia e encomendei 7 caixas de pílula anti-concepcional, não teria um filho daquele louco nem sonhando e faria de tudo para esconder essas pílulas até a morte.

Sem mais tempo para minha vida fui trabalhar e até isso não me animava, tudo e todos me lembram de Jack e nosso momentos juntos contribuindo para que até o trabalho não fizesse sentindo, me sentia acuada, qualquer cochicho perecia sem para mim e nesse dia fiz muitas pausas para chorar no banheiro. Tudo estava sendo muito ruim para mim, eu não aguentava mais não saber o que ouve mas sempre lembrar do vídeo que tinham feito. No horário da noite fui para casa, fiz minhas coisas com calma para não encontrar Corine que Hoje sairia com o Jack e o Nathan e deu tudo certo no final. Estava emocionalmente derrotada, olhei para a casa e vi Nathan parado ao lado da porta com uma caixa de presentes na mão me deixando mais nervosa.

Antes que pudesse dizer qualquer coisa, me pediu para sentar no sofá e relaxar por ver a tensão nítida em minhas expressões faciais, depois começou a falar sobre como nunca havia agradecido por eu ter confiado nele quando ainda namorávamos a ponto de me manter fiel mesmo estando em outro continente, que não me dava muitos presentes no passado e que dessa vez queria fazer diferente. Não conseguia fingir alegria, toda aquela história me dava vontade de jogar ele do prédio por tanta hipocrisia, só queria saber o que tem na caixa para que ele vá embora de uma vez e eu consiga chorar sozinha e em paz.

— Foi pensando nessas coisa Elle que eu queria te dar isso — estendeu a mão me entregando a caixa. — espero realmente que você goste e que perceba o homem que me tornei.

— Eu... Não comprei nada — o encarei e abri a caixa olhando para o papel que estava dentro. — Isso é uma brincadeira? Porque você me deu um cheque em branco.

— Decidi que antes de irmos a Austrália você poderá viajar pra onde quiser. Coloque qualquer valor ai, conheça outro país, você anda muito triste esses dias.

— Eu não posso aceitar — fingi emoção sorrindo amarelo — você deveria vir comigo.

— Não, vai sozinha, me avise da quantia apenas para administrar minhas finanças — ele sorri e pega o celular que antes estava no bolso — mudando de assunto, vamos pedir alguma coisa para comer?

— vamos sim.

E aqui se encerra mais um capítulo, por favor não me matem, vim avisar que estamos chegando ao fim do livro, faltam mais ou menos 12 capítulos e não vejo a hora de chegar ao final junto com vocês.

Viagem do amor (Revisão)Onde histórias criam vida. Descubra agora