canta comigo?

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Acordei e o sol nem dava sinal de vida, estava acabada, porém não podíamos perder o horário do vôo e não iria contar com a Corine para me acordar pontualmente.

— Amiga, acorda — balancei levemente seu braço — temos que nos arrumar para sair.

— hm... Que hora são mãe — a rosada se ajeita na cama ainda de olhos fechados.

— são quatro da manhã, e é a Madison — tirei a coberta de seu corpo, conseguindo finalmente fazê-la abrir os olhos, mesmo que quase nada.

— A gente tem que sair só às 5:30, me deixa dormir. — a menina se cobre novamente e vida para o lado oposto, encerrando a conversa.

Sai do quarto e foi direto para o banheiro, precisava tomar um banho ou acabaria dormindo em pé. Ao som de Drake, fui me animando aos poucos enquanto a água morna encostava em minha pele dando um mínimo de disposição para dançar com os braços. Vesti meu roupão, coloquei minhas pantufas e resolvi fazer alguma coisa para comer antes de Jack chegar para nos buscar. Comi uma fatia de pão com geleia de amoras, meio croissant de queijo e tomei um copo de suco de laranja.

Quando estava revisando se tinha posto tudo na minha mala ouvi a porta bater, estranhei devido ao horário, mas mesmo assim abri a porta que revela Jack com um sorriso no rosto. Sem tempo para perguntas o moreno me beijou carinhosamente com a mão em meu pescoço, retribui ainda muito surpresa e por esse motivo demorei um pouco.

— Bom dia Gilinsky — sorri fechando a porta atrás do moreno — acordou animado em!

— estamos a três dias sem tempo para nós, e você não aceitou ir lá para casa, como acha que eu estou? — ele estava com os braços cruzados e sobrancelha arqueada esperando uma resposta.

— Jack, você sabe que estamos escondendo de quase todo mundo que voltamos a ficar, não tinha como eu ir para sua casa porque a Emy se ofereceu para me deixar em casa, então falei que iria dormir aqui na sua prima.

— eu sei, eu sei — ele coça a cabeça e suspira — mas queria dormir contigo ontem. Até cheguei cedo pra gente aproveitar um pouquinho.

— é? Então qual o motivo de estarmos falando ainda? — mordi o lábio inferior sorrindo, logo após o menino me suspende e colocar-me em seu colo.

[...]

— finalmente chegamos! — comemorou Corine repousando sua mala no chão.

— Tyler, vamos levar as malas lá pra cima? — Jack se apossou de algumas malas e seguido pelo loiro subiu as escadas.

As malas eram muitas, pois passaríamos uma semana inteira na casa nova que seus avós compraram aqui em Roma, pois é final de ano e as provas na faculdade já tinham acabado, logo, temos uma semana livre antes que comecem as semanas de recuperação, que infelizmente eu terei que estar presente. Com todas as malas lá em cima decidimos que, assim como na outra viagem, iríamos dormir um pouco e fazer alguma coisa a noite já que a casa ficaria só para a gente.

[...]

Eram nove da noite quando eu acordei, todos já estavam acordados a muito tempo e por isso já tinham planejado tudo, Tyler, Corine e Frédéric foram ao mercado comprar as bebidas e jack e Mike ficaram em casa ajudando a dona Filomena a cozinhar os petiscos, traduzindo: eu fui a única que ficou atoa pois todos ficaram com pena de me acordar e por isso me deixaram dormir.

— boa noite querida — a mais velha disse assim que apareci em seu campo de visão.

— achei que a senhora sairia junto aos adultos — disse quase grunhindo pois ainda não havia despertado direito.

— oh não, estou muito velha para isso, só vou ajudar os meninos aqui e depois vou para o meu quarto.

— eu já falei que a senhora deveria ficar com a gente — Jack falou ainda prestando até na comida.

— meus filhos eu fico no quarto, tá tudo bem, qualquer coisa eu apareço a noite se houver necessidade, contrário nem vão notar minha presença aqui.

-— eu ainda acho isso errado, porém se é o que a senhora quer, não vou mais argumentar — caminhei até eles comprimentando-os — gente vou tomar um banho e me arrumar, nos falamos daqui a pouco.

Terminei meu banho quando os meninos chegaram do mercado, tudo já estava arrumado para hoje, na mesinha de centro estavam as comidas, burritos, tacos, nachos e essas coisas pois decidimos que o tema seria mexicano. No bar já haviam algumas batidas prontas para economizar tempo e as cervejas se encontravam devidamente guardadas no freezer. Nos sofás cinco microfones para nosso lindo karaokê e do lado de fora a caixa de som virada para a área da piscina caso quisessemos dar um mergulho.

Uma vez a festa dando início as horas passaram muito rápido, todos os convidados que Corine arrumou apenas numa ia ao mercado já estavam na casa e todos nós bebiamos muito enquanto dançávamos todos os tipos de música. Aos poucos as pessoas foram se soltando ainda mais e para onde você olhasse poderia ver pessoas se beijando, outras em cima de algum móvel dançando feito loucos e pessoas como eu, que estavam tão bêbadas que preferiam se sentar no sofá e atacar a comida.

— Galera, galera, vamos começar o karaokê beleza? —dizia Corine com o microfone em mão e a boca toda borrada de um batom que já não estava ali a muito tempo — coloca música nessa porra aí!!

— Ai! fala baixo, eu quero vomitar! — uma das desconhecidas gritava do banheiro.

— Põe dengero...dangero, aquela música da Ariana que ela é perigosa! — a rosada já trocando as palavras esperava impaciente por Mike que depois de rir muito pôs dangerous woman, que era a música que ela queria.

Depois de Corine tomei coragem e disposição para ir cantar, escolhi a música weekend do prettymuch com a Luísa Sonza, porém, a música é quase como um dueto e por isso chamei Jack pra cantar comigo e o moreno topou na hora. Depois Tyler tomou o microfone de minha mão para cantar com o Mike no guidance do Drake e do Chris Brown, o que foi muito engraçado pois mesmo bêbados, em algumas horas eles tentavam imitar a coreografia do clipe e por isso uma hora ou outra um deles caia.

— Licença crianças, só vim arrumar um pouquinho aqui. — dona Fiorella diz pegando os pratos de comida vazios.

— vó! Vem cantar com a gente! — Corine pronúncia de maneira confusa — a senhora está muito quieta no quarto.

— não, que isso, vocês estão se divertindo não quero atrapalhar — ela vai em direção a cozinha para lavar os pratos.

— nada disso, a senhora vai cantar pelo menos uma música comigo e eu não aceito um não como resposta — coloquei minhas mãos sobre os ombros dela caminhando para frente da televisão. — qual música a senhora sabe cantar?

— eu posso escolher qualquer uma? — todos fazem sinal positivo com a cabeça e ela da um sorriso— então põe garota de Ipanema.

Com certeza essa foi a música mais engraçada do karaokê, não por ela ter comédia na letra, mas sim porquê eu não sabia falar nada em português enquanto a avó de Jack cantava perfeitamente, tirando as partes em que ela parava para rir da minha cara. Quando a música acabou todos a aplaudiram e claro eu não fiz diferente, no mesmo momento Corine pegou um dos microfones livre e pediu que sua avó cantasse águas de março com ela só que na versão Francesa que, depois de alguns minutos, todo mundo Também estava cantando.

— Mãe? A senhora cantando? — a mãe de Jack foi a primeira a aparecer na porta vindo direto em nossa direção para ver se era isso mesmo que acontecia.

— meus deus, não vejo a mamãe cantando desde que a Corine era pequena — marta, a mãe de Corine, entra devagar e põe a bolsa na estante olhando para nós.

— é a magia da Itália! — Jack pronunciou com a mão em frente a boca pois está comendo um taco.

— é? Então chega pra lá que eu vou dar uma aula pra vocês jovens — o pai de Jack pega o microfone da mão de Corine pensando em uma música.

Depois disso cantamos até de madrugada, ali foi como se outra festa tivesse começado, fizemos mais comida, dançamos mais, cantamos músicas de todas as linguas e bebemos mais ainda. Umas oito horas da manhã fomos dormir, eu fui para o quarto de Jack e Corine para o de Tyler já que os convidados ainda estavam aqui e precisavam de um quarto pra dormir.

Viagem do amor (Revisão)Onde histórias criam vida. Descubra agora