cadê você

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Antes de começar o capítulo, nada melhor que uma edit pra acabar com nosso psicológico.

[Narração dividida: Corine Gilinsky]

Acordei com mais vontade que nunca para começar minha investigação sobre a festa, era meu dia de folga no trabalho, então poderia sair com a Madison para procurar pistas assim que ela fosse liberada, o que não seria muito tarde. Me vesti e mandei mensagem para que ela perguntando que horas ela sairia do trabalho, mas ao contrário de todos os dias ela não me respondeu então decidi que seria melhor começar sozinha e somente depois ir com ela.

A melhor forma de se iniciar uma investigação é começar com bases sólidas, colher o depoimento das pessoas, olhar nas câmeras de segurança e claro visitar o local do crime — Isso é o que todas as temporadas de NCIS fazem — mas como graças a deus ninguém morreu e infelizmente a nossa “vitima” não se lembra de muita coisa decidi trabalhar com o que tinha, ou seja, a sua vaga lembrança de pegar um táxi. Aqui sempre que você pega um táxi por um aplicativo, seu nome fica registrado no sistema e é muito fácil saber onde e com quem uma pessoa chegou apenas com um horário.

— Boa tarde, Meu nome é Corine Gilinsky e queria saber sobre uma viagem que eu fiz entre as 1:20 e 3:00 da manhã no dia quatro de dezembro.

— Olá Corine, eu sou a Angela atendente da agência G7, por uma questão de segurança queremos saber o motivo da sua ligação.

— então, é porque eu estava muito bêbada e sabe como é né? Um amigo pediu um taxi Para mim mais ou menos nesse horário e eu acho que esqueci meu celular dentro dele.

— qual o nome do seu amigo?

— Antoni Porowski — Foi o primeiro nome que veio a minha cabeça, mas no final deu certo.

— E o endereço em que o motorista buscou você?

—34 - 36 Rue du Départ

— tudo bem, um segundo.

— Bom, nesse horário não tem nenhum Andrew, tem certeza que foi ele quem pediu para a senhora?

— Não... Pode me dizer em nome de quem foram os pedidos nesse endereço.

— Nicole LeBlanc, Richard Roy e Nathan Forbes. Eu tinha certeza que era o Antoni.

— Isso, eu sabia! — comemorei me esquecendo por um minuto que estava mentindo para a mulher no telefone — esse é meu namorado, bem que ele disse que me levou pra casa.

— que ótimo, me fala seu e-mail que eu vou mandar o nome do motorista e o número para vocês entrarem em contato.

Eu sabia que esse idiota não tinha a encontrado lá e eu precisava contar para ela naquele instante. Peguei meu celular e avisei que estaria passando em sua casa e que era um assunto urgente, mesmo assim como a última mensagem essa não foi nem entregue e acabou sendo mais um motivo para conferir se ela estava em casa.

Chegando lá, diferente dos outros dias o porteiro me parou, disse que a Madison tinha saído de casa e disse que voltaria no natal, mas até então não falou pra onde nem com quem iria. Fiquei desesperada, será que o babaca do Nathan tinha adiantado a viagem? Foi o que pensei, e sem perder tempo sai correndo pelas ruas tentando chegar na casa dele o mais rápido possível.

Aquela casa era asquerosa, tudo nela me dava nojo — com certeza por culpa do dono — me senti perdida em frente a porta branca, e se minha amiga não estivesse aqui? e se ele tivesse proibido ela de usar o celular? Por que ela não me responde!? Um frio na espinha se estendeu por meu corpo e eu finalmente apertei a campainha.

— olha quem está aqui, tinky-wink, perdeu o caminho de casa? — o boy lixo disse assim que abriu a porta.

— Eu vim saber onde atrás da minha amiga. — repousei minhas mãos em minha cintura — vai chamar ela ou eu terei que entrar?

— Já se perguntou que talvez se ela não te respondeu é porquê ela não que falar com você? — ele sorriu debochado e eu revirei os olhos

— e você já se perguntou até quando esse namoro sem química de vocês vai durar — seu sorriso se desfez na mesma rapidez que surgiu.

— o que você quer aqui em idiota?

— Você tá surdo? Eu quero falar com a minha amiga!

— Ela não está aqui tinky-wink, dei um cheque de presente pra ela e ela foi viajar.

— viajar? Do nada? Pra onde? Por que ela não me disse nada?

— isso aí eu não sei, o que eu sei é que você está ocupando meu tempo com besteiras, uma hora ela te responder só sai daqui logo

[Narração dividida: Jack Gilinsky]

Estava deitado em meu sofá quando minha prima cruzou a porta desesperada, parecia ansiosa e isso não me cheirava bem. Corine andava de um lado para o outro enquanto tentava dizer rapidamente tudo que passava por sua cabeça, em um movimento rápido segurei seus braços e pedi que se acalmasse já que não conseguia entender nada do que estava tentando dizer.

— Já está melhor? — a menina acentiu com a cabeça terminando de beber seu chá — tudo bem, então me conta o que aconteceu?

— Primo eu preciso da sua ajuda, a Madison não me responde desde ontem a tarde, fui na casa dela e o porteiro disse apenas que ela saiu sem data pra voltar, fui na casa do Nathan e ele disse que ela viajou — sua perna voltou a balançar, só de falar ela já se encontrava nervosa.

— Ela... Voltou com ele? — foi a única coisa que consegui dizer.

— Foca aqui pelo amor de deus! Ela não me responde Jack, eu preciso saber se a minha amiga está bem, eu preciso que você mande mensagem pra ela perguntando.

— Tá maluca!? Não sei se você lembra mas ela me traiu, não tenho motivos para querer falar com ela! — arregalei os olhos e abri os braços indignado.

— Jack por favor, ela ainda é a pessoa que você amou — “amo” a corrigi mentalmente embora sem querer — e o Nathan ainda é um imbecil, eu só quero saber se ela está viva, é uma mensagem só primo.

— Corine, tenta me entender, eu não posso fazer isso. — a morena suplicou e acabei me rendendo. — Tudo bem, eu faço essa merda.

Peguei me celular e o encarei severamente, não achava uma boa ideia mandar aquela mensagem até porquê nunca mais a respondi depois daquela mensagem, olhei para Corine que lançava um olhar penetrante sobre mim afirmando que não teria outra escolha a não ser chama-la.

Olá, minha prima está preocupada por causa do seu “desaparecimento”. Não, sem chances, apaguei de imediato. Minha prima notou que você não apareceu em nenhum lugar hoje. Parece muito estranho, melhor não.  Madison, a Corine me pediu para falar com você, pelo que soube você sumiu do planeta e das redes sociais, por favor me de notícias para eu a acalmar. Enviei sem pensar muito.

Sua mensagem chegou meia hora depois, Corine já tinha pego no sono depois de tantas xícaras de chá, me perguntei se realmente deveria abrir a mensagem, não queria admitir que me importo com ela, ainda dói muito não tê-la aqui, mas prometi a mim mesmo que não perdoaria e essa é a última vez que nos falamos.

“Eu vi as mensagens dela, diga que estou bem, estou na Inglaterra tentando me descobrir e cumprir a promessa de te deixar ser feliz. Ela tem que saber também que voltarei na véspera de Natal para um último dia aqui antes da Austrália. ”

Parece que o novo relacionamento já está dando frutos haha. Enviei me arrependendo em seguida, que merda eu devo gostar muito de ser tratado como otário.

“Eu chamaria de consequências, mas se até a maldição da rainha má era em uma fruta, por que o meu não né? rsrs”

Depois disso não soube o que responder e preferi deixar o celular de lado, era muita emoção para um dia, e eu não quero mais me torturar com isso.

Viagem do amor (Revisão)Onde histórias criam vida. Descubra agora