Eu quero a verdade

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Essa é a música mais Loren que eu já ouvi na vida.

[narração temporária: Corine Gilinsky]

Loren atendeu minha ligação bem rápido, porém deu a desculpa que não poderia naquele dia e por isso tive que esperar mais um dia, o que não foi um problema em si, pude me preparar bem para encurralar aquela idiota em suas próprias mentiras e assim poder ouvir a verdade e apenas ela. Fui até lá com apenas um café no estômago, queria resolver de uma vez por todas, por um ponto final no climão que se formou e ser feliz com meus amigos sem interrupção de gente como eles.

Cheguei confiante, ela não fazia ideia do que se tratava a minha visita e abriu a porta mais sorridente que nunca, decidi que entraria no seu jogo e fiz um teatro enquanto a menina colocava algumas comidas na mesa de centro de sua casa para que nós pudéssemos conversar e comer ao mesmo tempo. Tadinha, mal sabe ela que dependendo de suas respostas minha reação seria jogar a mesa em sua bela e sonsa face.

— Faz tanto tempo que não nos falamos, até estranhei sua ligação — a loira jogou seus cabelos para trás, fazendo um coque frouxo em seguida.

— Vi algumas coisas interessantes e queria saber de você, o que você acha delas — sorri levando a taça de vinho até minha boca.

— Fique a vontade para falar o que quiser, ontem minha noite foi incrível e eu estou super de bom humor com o mundo. — em passos lentos Loren caminhou até mim se sentando ao meu lado, não pude deixar de sentir repulsa.

— Ótimo, então pode me dizer claramente porquê o quarto em que o vídeo da Madison vazou foi reservado por você um dia antes.

A garota ficou transparente, uma pequena abertura entre seus lábios só mostrava o quanto ela não esperava por essa descoberta. Ela se virou para mim e arregalou os olhos sem saber o que dizer mas ainda tentando manter a postura de que não estava afetada com o que acabei de revelar.

— Não vai falar nada? — aumentei o tom de voz não aguentando mais todo aquele teatro.

— Menina, como alguém pegou meu nome para uma coisa dessas? Que baixo! — ela levou a destra ao peito fingindo ofensa, pena que não estava com tempo para toda aquela cena.

— Confessa a merda que você fez garota! Anda logo!

— mas eu não fiz nada!

— Fez sim! Para de se fazer de sonsa, sua máscara caiu a muito tempo, só você não percebeu.

— Corine eu juro que...

Um ódio acumulado a meses estourou como uma bomba sobre meu corpo, sem pensar ergui minha mão depositando todas a raiva em sua palma e com rapidez acertei seu rosto tão forte que involuntariamente a menina virou a cara levando as mãos ao local do tapa em seguida. Respirei fundo sentindo um alívio emocional quase que completo, seus joguinhos passaram do limite a muito tempo e por mim, daria mais uns sete se fosse preciso.

— Tá! Eu falo! Mas se você me bater de novo garota eu vou...

— você vai o que!? Você não está em posição de ameaçar ninguém, então fala a verdade se não quiser levar outro bem mais forte que esse sua descarada

—Ta! Foi o seguinte, eu estava bem triste depois de ter movido mundos e fundos para ficar com Jack que simplesmente não ligava pra mim, tudo por causa da sonsa da Madison. — a menina umideceu os lábios durante a explicação — Vendo minha insatisfação o Nathan que queria aquele pedaço de lixo pra ele me fez uma pequena proposta.

— A ideia inicial era que nós iríamos droga-la como aconteceu e depois iríamos com ela até o hotel, quando ela dormisse tirariamos uma foto dela e do Nathan dormindo abraçados e claro com ele de cueca para separar aquele casal forçado de uma vez por todas. — um sorrisinho brotou em seus lábios, mas desapareceu assim que a encarei severamente. — o plano correu muito bem, o que não contávamos era que com a droga ela pensaria que o Nathan era o Jack e com isso tudo ficou mais fácil.

— Como vocês podem ser tão nojentos!? — falei espantada com o que estava me contando.

— eu ainda não acabei então... Fica quieta. — neguei com a cabeça mas tive que concordar afinal estava ali para saber cada detalhe. — cheguei alguns minutos antes deles, preparei a câmera de modo estratégico e me tranquei no banheiro enquanto as coisas rolavam. A ideia do sexo foi toda dele, ela falava que queria o Jack ali e que não aceitaria um não, se eu fosse ele também não perderia a oportunidade.

— depois do sexo ela dormiu, então tiramos uma foto do celular dela e enviamos junto ao vídeo para uma página no twitter da festa e para o Jack, também mandamos mensagens para nós mesmos criando toda uma culpa em volta da garota.

— Tá, e os áudios? Como fizeram isso? — cruzei os braços ainda tentando processar as informações.

— ah, bom, nessa hora o Nathan tinha saído para comprar comida e eu fingi pra Madison que ele tinha ido embora assim que eu cheguei. Incentivei ela a beber mais comigo e depois disso eu falei “ o que você acha da gente mandar mensagens para o Nathan fingindo que ama ele, precisa dele e essas coisas?” a tonta aceitou na hora, mandou as mensagens e voltou a dormir pois se sentia cansada por causa do efeito da droga e do álcool.

— como você consegue ser tão baixa a ponto de me contar tudo isso e não sentir nenhum remorso?

— Tem prova de amor maior que essa? Se Jack o souber vai perceber que eu o amo tanto que faço loucuras por ele e isso ninguém poderá mudar.

Não disse mais nada, peguei minha bolsa e sai de lá o mais rápido possível, não acreditava que pessoas eram capazes de fazer coisas tão sujas como estás. Minha cabeça girava e latejava, quanto mais eu pensava naquela história toda mais confusa e triste eu ficava, todo mundo precisa saber a merda que essas pessoas fizeram, todo mundo precisa se afastar desses dois o mais rápido possível, não podia deixar minha amiga mais um minuto com aquele traste, precisa agir rápido.

Penúltimo capítulo, eu não quero dizer adeus! Alguém me ajuda a superar porque sozinha eu não consigo. Espero que tenham gostado desse acerto de contas, não se esqueçam de votar para me incentivar a fazer o melhor último capítulo de todos!

Viagem do amor (Revisão)Onde histórias criam vida. Descubra agora