apagão

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Um mês depois

- Corine, Já está pronta? - Tyler entrou entediado no quarto acompanhado de Jack.

-Eu e Corine vamos descer em dois minutos apressado - sorri terminando a maquiagem.

- Jack vamos abrir uma cerveja, daqui a vinte elas descem - o loiro deu um tapa no peito de seu amigo e eles saíram do quarto nos deixando sozinhas.

- não sei porque, mas sempre que vou pra alguma festa fico receosa - mordi o lábio sentindo um frio na barriga.

- aí amiga as vezes eu acho que você não gosta de ser feliz! - Corine me encarou revirando os olhos antes de vir até mim e ajeitar meu cabelo em frente ao espelho. - Madison sua vida não poderia estar melhor, o chato do Nathan não te manda mensagem mais, você está feliz com meu primo, deve ganhar uma promoção lá no restaurante, só falta ser aprovada pra dar tudo certo!

-tem razão, já está pronta? - olhei para ela guardando o gloss em minha bolsa de mão.

- estou sim - a rosada deu um giro e caminhou até a porta saindo do quarto em seguida.

Fomos para a festa de Uber, a festa seria regada a bebida e ninguém estava disposto a ficar sóbrio. Chegamos quando todo mundo já estava lá, o salão era grande, possuía dois andares tendo um bar em cada um deles, a pista de dança ficava no centro perto das escadas que ligam os dois andares, para que mesmo as pessoas que prefiram ficar na parte de cima, tenham uma plena visão de tudo o que acontece lá em baixo. Perto da pista tinha um palco onde diversas atrações passariam durante a noite e um dj famoso comandaria a festa durante o intervalo, a direita do palco era possível ver a sacada de onde a meia noite teria uma queima de fogos linda vinda do museu ao lado do salão.

As primeiras horas foram as mais loucas possíveis, em todo o lugar era possível ver os alunos da faculdade se enchendo de bebida, perto do bar no primeiro andar alguns meninos jogavam beer pong, perto do banheiro algumas meninas que estavam na fila viravam suas bebidas por não quererem esperar até se aliviar, em um dos cantos da pista, em um amontoado de gente algumas pessoas apostavam quem bebia primeiro um barril de cerveja inteiro e isso parecia ser só o começo.

- Vai amiga! Para de ser chata pega alguma coisa pra beber! - Corine balançava meu braço fazendo manha.

- Alguém tem que cuidar de vocês, e outra eu não sei se quero muito beber. - dei de ombros passando o olho pela festa com o intuito de encontrar Jack.

- Mas você não sabe dirigir, estar sóbria ou não não faz diferença!

- você fala isso como se fosse um pecado não beber hoje - ironizei cruzando os braços.

- mas é! Amiga essa é uma das melhores festas que você poderia estar

- e é exatamente por isso que eu quero aproveita-la sóbria - a menina ignora minhas palavras e fala logo depois que eu termino.

-um copo da bebida mais leve da festa, por favor! -a rosada juntou as mãos e apertou os olhos enquanto dizia repetidamente as últimas duas palavras.

-tabom, porém tomarei mais tarde, pode ser- Corine assentiu com a cabeça e saiu para ir ao encontro de seu namorado que chegava perto de nós.

Depois daquela conversa fui para uma roda de amigos da minha turma, todos estavam meio loucos mas ainda sim tinham consciência do que estavam falando, lá me forçaram a tomar um shot de tequila com eles, minha sobriedade foi para os ares uma vez que em uma conversa de duas horas foram três doses da mesma bebida.

Me mantive sem beber nada, apenas água, até me sentir sóbria de novo, aproveitei esse tempo para curtir com Jack que estava todo sorridente como de costume, dançamos e nos beijamos durante esse tempo, era ótimo passar um tempo com ele, por mim a festa poderia ter terminado assim, mas quem tem Corine Gilinsky como amiga dificilmente você tem uma noite tranquila.

- toma! Vira! - Corine entregou-me um copo de alguma bebida verde.

- o que é isso Corine? - perguntei examinando o conteúdo no copo.

- a bebida que você me prometeu beber, também conhecida como diabo verde! Bebê logo para podermos dançar.

- o que tem dentro dessa coisa? - tossi ao cheirar a bebida - isso tem cara de ser muito forte.

- tem uma dose de tequila, vodka, conhaque, Martini, limão e algumas folhas de hortelã. Agora vira!

- calma, vamos dançar primeiro e depois eu bebo isso pode ser? - arqueei a sobrancelha e a menina semi-cerrou os olhos em reprovação.

- você está tentando me enrolar!

- não estou, vou deixar meu copo com alguém e vamos.

Assim foi feito, pedi para nick, uma amiga da faculdade, tomar conta para mim e fomos direto para pista de dança. Não deu pra ninguém, graças a Corine tínhamos ensaiado várias coreografias e para todas as músicas tínhamos passos específicos e muita sincronia. Todos na piscina de dança uma hora pararam para nós olhar performando e claro que a rosada estava muito feliz com o resultado de suas aulas malucas. Quando cansamos decidi beber a tal da bebida que Corine havia me dado, ao chegar perto de onde estava Nick tinha saído então apenas virei o copo e pedi para alguém avisa- lá que não precisava mais tomar contar para mim.

Alguns minutos depois eu estava pura energia, dancei de tudo um pouco e Corine não ficou para trás, o cansaço parecia não existir e eu nunca me senti tão bem na vida, nem sei quanto tempo fiquei ali, só sei que o cansaço veio como uma porrada, logo senti vontade de ficar deitada para sempre, eu suava frio sem saber se era por conta do calor ou da excessão de atividade física, encostei em uma das pilastras da pista de dança e respirei fundo minhas narinas queimavam feito fogo e por um momento entendi o nome da tal bebida. Com a força que me restava tentei procurar Jack por toda a festa mas não o encontrei e então veio o escuro em minha visão.

Viagem do amor (Revisão)Onde histórias criam vida. Descubra agora